sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

UMA LIBERTADORES PARA GANHAR

Nas redes sociais, o nosso querido Don Miguel sofre ataque feroz. O mínimo que se diz é que é “fraquinho, fraquinho”. Grande parte do desconforto do torcedor vem da entrada em campo de Adriano já nos minutos finais da partida contra o Velez, quando nada mais poderia fazer. Sem dúvida, errou o treinador.

Treinadores erram mesmo. Para que seja feita uma análise honesta da situação, ter-se-ia que saber se não houve intervenção científica determinante do momento da entrada do imperador. O Atlético tem uns cientistas, que, de vez em quando, atropelam o professor.

Quem não lembra de Washington no banco em final de campeonato contra os coxas por ingerência de alguém com jaleco branco e óculos de fundo de garrafa. Aliás, mais uma final que perdemos. Com o conhecimento em mãos, poderíamos analisar melhor. Sem ele, julgar com honestidade, impossível.

Em sua defesa, Don Miguel vem advogando entrevista após entrevista. Os jogadores chegam com atraso, o grupo não está completo, o time está fora do Paranaense, não joga, difícil ganhar ritmo de competição. Está apontando erros que estão além da sua competência, se coloca Mirabaje para jogar com poucos dias de clube é por que as demais soluções, a seu ver, não são soluções.

Defendi Mirabaje como substituto de Everton e tomei mil bordunadas. Prezado amigo diz que Everton consegue matar a bola, dar um drible, passar e receber na frente. Enfim, Everton faz o que qualquer jogador mediano deveria fazer. A afirmação do amigo só nos alerta para o baixo nível do nosso futebol.

Posso estar errado com Mirabaje, como errei com Mérida. Nos parcos minutos que vi Mérida em campo, suspeitei nele jogador com capacidade para armar o Atlético. Minha suspeita não vingou, uma pena. Ando ruim de suspeitas.

Ao analisar o Atlético faz-se necessário extremo cuidado. O time está em formação, joga de duas em duas semanas, quem entra tem que mostrar serviço em minutos, resolver problemas, quem pode resolver, diz ter condições de jogar um tempo, dorme no banco, ninguém sabe o nível de influência dos demais departamentos. Nesse ambiente, queimar treinador, jogadores, pode ser precoce demais.

Dizem que sou otimista. Com o Atlético, se você for pessimista cai fulminado na primeira esquina. O negócio é ter fé. No país em que quadrilhas togadas absolvem quadrilhas em ternos Pierre Cardin, e o povo bate palmas, o melhor é escolher um corner para viver, esquecer o resto e primar pelo otimismo. O meu corner é o Furacão, e vamos que vamos, temos uma Libertadores para ganhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário