A luta foi intensa. Os
do contra, sejam quais forem seus motivos, alguns podem ter até sinceras
motivações, inocentes acreditar que afastada a Copa de nossa cidade os
hospitais, as creches, o metrô tornar-se-iam realidade imediata, fizeram o
possível e o impossível para destruir, estão furibundos com o pronunciamento de
Monsieur Valcke. Perderam.
Os a favor, liderados
pelo presidente Petraglia, desde o início o mentor do projeto, até hoje à sua
frente, ultrapassaram todas as barreiras e comemoram a vitória. Ave Petraglia!
Ave Curitiba!
O Atlético, em nota
oficial, agradeceu o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal,
parceiros de primeira hora, que, sabe-se lá por que motivos desviaram seus
rumos e precisaram admirar o escuro do abismo para voltarem a assumir seus compromissos
e garantir a Copa em Curitiba. Ave Beto! Ave Gustavo!
Fez bem o Atlético. O
abandono em meio de jornada poderia dar voz ao ódio, à palavra dura, ao rancor
dos esquecidos. Assim não foi. O agradecimento abre espaço para os três novos
santos subirem aos céus, aparentemente irmanados, em êxtase. São Gustavo já
apareceu na internet cantando vitória.
O que se tem que
entender é que a Copa trará grandes benefícios para a cidade. O Atlético, a par
da soberba Arena, herdará soberba dívida, que não tinha, vai ter que gerenciar
seu novo patrimônio com sabedoria para pagar seus débitos crescentes. O fogo
inimigo não matou o sonho, mas deixou sequelas.
De todo o arranca-rabo
fica a lição. Na corrida para o progresso, um carrega o piano, dez armadilham o
caminho. Curitiba demonstrou possuir nichos poderosos capazes de obstruir
qualquer empreendimento, dar ganho a qualquer causa. Daí entende-se por que as
companhias do pedágio sempre vencem, o metrô não sai, as obras indispensáveis
ficam no papel.
E eu que pensei que “quem
manda nessa cidade” fosse a torcida atleticana. Nem pensar, quem manda aqui se
esconde sorrateiro atrás de togas e ternos bem cortados, hoje amanheceram fulos
da vida. Então, eu me pergunto: Quem são essas víboras peçonhentas? Precisamos
saber.
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