quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PRECISAMOS SABER

Confirmada a Copa em Curitiba, está de parabéns o cidadão curitibano, está de parabéns o Brasil. O descarte de nossa capital seria um desastre apocalíptico. Só o embate travado no seio da nossa sociedade, o retardamento levado a efeito em todas as instâncias, o jogo sujo praticado para inviabilizar o empreendimento, manchará por anos a imagem da capital ecológica.

A luta foi intensa. Os do contra, sejam quais forem seus motivos, alguns podem ter até sinceras motivações, inocentes acreditar que afastada a Copa de nossa cidade os hospitais, as creches, o metrô tornar-se-iam realidade imediata, fizeram o possível e o impossível para destruir, estão furibundos com o pronunciamento de Monsieur Valcke. Perderam.

Os a favor, liderados pelo presidente Petraglia, desde o início o mentor do projeto, até hoje à sua frente, ultrapassaram todas as barreiras e comemoram a vitória. Ave Petraglia! Ave Curitiba!

O Atlético, em nota oficial, agradeceu o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, parceiros de primeira hora, que, sabe-se lá por que motivos desviaram seus rumos e precisaram admirar o escuro do abismo para voltarem a assumir seus compromissos e garantir a Copa em Curitiba. Ave Beto! Ave Gustavo!

Fez bem o Atlético. O abandono em meio de jornada poderia dar voz ao ódio, à palavra dura, ao rancor dos esquecidos. Assim não foi. O agradecimento abre espaço para os três novos santos subirem aos céus, aparentemente irmanados, em êxtase. São Gustavo já apareceu na internet cantando vitória.

O que se tem que entender é que a Copa trará grandes benefícios para a cidade. O Atlético, a par da soberba Arena, herdará soberba dívida, que não tinha, vai ter que gerenciar seu novo patrimônio com sabedoria para pagar seus débitos crescentes. O fogo inimigo não matou o sonho, mas deixou sequelas.

De todo o arranca-rabo fica a lição. Na corrida para o progresso, um carrega o piano, dez armadilham o caminho. Curitiba demonstrou possuir nichos poderosos capazes de obstruir qualquer empreendimento, dar ganho a qualquer causa. Daí entende-se por que as companhias do pedágio sempre vencem, o metrô não sai, as obras indispensáveis ficam no papel.

E eu que pensei que “quem manda nessa cidade” fosse a torcida atleticana. Nem pensar, quem manda aqui se esconde sorrateiro atrás de togas e ternos bem cortados, hoje amanheceram fulos da vida. Então, eu me pergunto: Quem são essas víboras peçonhentas? Precisamos saber.

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