O Hino fez minha
confiança descer uns mil metros do alto do Aconcágua. Sueliton estava lá onde
eu queria, mas onde estava Mérida, Zezinho ia tocar solitário a criação atleticana?
É muito para ele. Os três atacantes me deram um alento. Aos 18 minutos, Zezinho
e Balbin, aos empurrões, foram expulsos pelo paraguaio do apito. Se já estava
difícil, iria piorar.
O primeiro tempo foi
igual, cartões amarelos distribuídos com fartura, o dez contra dez não
facilita, as chances de gol poucas, o Atlético mais presente, o tempo passa e eu
quero Mérida no meio de campo. Ficou para o segundo.
Com a saída de Coutinho,
Mérida foi jogar na intermediária ofensiva, fazer o que chamam de um, e mostrou
serviço. Acertou passes, foi forte no tranco, aos 15 bateu a falta na cabeça de
Manoel para o primeiro gol. Estivemos na fase de grupos por segundos. Falta a
favor do Sporting, bola atravessada na área, Ávila empata em impedimento claro.
Olha as minhas fibrilações aparecendo.
Don Miguel vai colocando
os meninos, Paulinho Dias por Mosquito, Sueliton por Nathan, é o tudo ou nada.
Cleberson e Manoel vão jogar depois da linha do meio de campo, o Sporting perde
mais um expulso, Mosquito e Nathan movimentam-se pelos lados, Natanael bem
avançado, o Atlético fecha o cerco, parece desorganizado, mas em todo momento
tem de 3 a 4 jogadores dentro da área. É assim mesmo. Vai dar.
Faltando 30 segundos, o
Sporting tem lateral no ataque, o jogo acabou. Nem pensar. Lateral cobrado,
Mosquito recupera, a bola chega em Mérida, daí a Nathan na direita, o menino
não cruza, dribla, passa a Mosquito fora da área, o chute sai forte, o goleiro
bate roupa, sobra para Mérida, de novo o chute forte, nova defesa, a bola se
oferece para Nathan, o chute colocado, alguém desvia, Cleberson vai marcar, um
santo estica o braço, é pênalti.
Ederson, o mortal
Ederson, bate e é gol. Vamos para as penalidades. Em Lima, o torcedor peruano,
que tocava El Condor Pasa com sua flauta irritante, tem um primeiro chilique.
Na quarta cobrança,
Nathan perdeu, Deivid já tinha perdido uma. O Sporting tinha duas oportunidades
para fazer o gol do passaporte. Weverton defendeu uma, Natanael marcou, a
quinta peruana foi parar no rio Belém. Agora são minhas extrassístoles que
incomodam. Na sétima cobrança Manoel colocou no canto, o andino bateu na trave.
Passamos de fase. O peruano jogou a flauta pela janela, a família chamou el
listo atendimiento.
O time foi corajoso o
tempo todo, insistente, raçudo, mereceu vencer. A desorganização em final de
jogo foi natural, não podia ser diferente. Vamos em frente, sem brigas, sem
bate-bocas, sejamos superiores, unidos, vamos seguir o exemplo do time dos
meninos.
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