quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

TOMARA SEJA HOJE

Jogo com o Londrina, promessas de desempenho superior, elogios à qualidade do elenco. Nessas peladas do Paranaense, fico de olho no ouro rubro-negro. Notícias e notas ressaltam os craques da formação, são eles que espero ver fazendo lançamentos, desarmando, assistindo, marcando gols espetaculares. Com os olhos rútilos, a boca trêmula, quero afirmar: “É ouro mesmo”.

Infelizmente, até o momento, nada vi de especial. Terminado o jogo, ligo o rádio para ouvir comentários e escuto rasgados elogios a atuações que classifiquei apenas de regulares. Pergunto-me se não estou sendo exigente demais, querendo demais de meninos em início de vida esportiva.

Acontece que o Atlético que perdeu para o Cianorte tinha uns dois ou três meninos – Lucas Alves, Marcos Guilherme, Otávio –, os demais já tem boa quilometragem, foram titulares em competições importantes, não dá para dizer que o time é sub-23, mescla jogadores experientes com jovens apontados como esperanças de excelente futebol. O cascalho novo é pouco.

Tudo tem causa. Treinador inexperiente, atraso no início do treinamento, constantes mudanças no elenco, falhas defensivas facilitando o trabalho do adversário dedicado à marcação podem explicar os resultados negativos, justificar más atuações coletivas e individuais, bloquear o brilho da pepita.

Os últimos dias foram de conversas e acertos no Caju, dizem que hoje vai. Tomara. Com a bateia na mão, quero ver o Atlético trocar passes, controlar o jogo, Marcos Guilherme não precisar voltar até a defesa para buscar a bola, o ataque incomodar o goleiro londrinense, encontrar um traço do anunciado ouro.

Petkovic precisa montar um esquema feijão com arroz, incentivar o toque-toque, dar liberdade, cobrar futebol de gente grande. O gramado é bom, dá para dominar a redondoca e acertar passes, jogar com tranquilidade, coletivamente, defendendo e atacando com solidez. Já estou deixando os três pontos de lado, querendo ver bom futebol, o despontar de um craque, um lampejo de ouro no cascalho velho. Tomara seja hoje.

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