Infelizmente, até o
momento, nada vi de especial. Terminado o jogo, ligo o rádio para ouvir comentários
e escuto rasgados elogios a atuações que classifiquei apenas de regulares.
Pergunto-me se não estou sendo exigente demais, querendo demais de meninos em
início de vida esportiva.
Acontece que o Atlético
que perdeu para o Cianorte tinha uns dois ou três meninos – Lucas Alves, Marcos
Guilherme, Otávio –, os demais já tem boa quilometragem, foram titulares em
competições importantes, não dá para dizer que o time é sub-23, mescla
jogadores experientes com jovens apontados como esperanças de excelente futebol.
O cascalho novo é pouco.
Tudo tem causa. Treinador
inexperiente, atraso no início do treinamento, constantes mudanças no elenco,
falhas defensivas facilitando o trabalho do adversário dedicado à marcação
podem explicar os resultados negativos, justificar más atuações coletivas e
individuais, bloquear o brilho da pepita.
Os últimos dias foram de
conversas e acertos no Caju, dizem que hoje vai. Tomara. Com a bateia na mão,
quero ver o Atlético trocar passes, controlar o jogo, Marcos Guilherme não
precisar voltar até a defesa para buscar a bola, o ataque incomodar o goleiro
londrinense, encontrar um traço do anunciado ouro.
Petkovic precisa montar
um esquema feijão com arroz, incentivar o toque-toque, dar liberdade, cobrar
futebol de gente grande. O gramado é bom, dá para dominar a redondoca e acertar
passes, jogar com tranquilidade, coletivamente, defendendo e atacando com
solidez. Já estou deixando os três pontos de lado, querendo ver bom futebol, o
despontar de um craque, um lampejo de ouro no cascalho velho. Tomara seja hoje.
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