quinta-feira, 3 de abril de 2014

ACABOU

O jogo termina e os fogos espocam na cidade, coxas e paranistas comemoram a goleada do Londrina sobre o Furacão. É assim que o circo funciona. Eu fico com a sensação de estar vendo aquele filme em que a Halle Berry, mais conhecida como mulher-gato, nada entre os tubarões, brinca com eles e de vez em quando o grande branco tira pedaço de seus companheiros de mergulho.

Com a faca e o peixe na mão, o Atlético entregou jogo em que a virada parecia difícil face às dificuldades técnicas do time londrinense. Estou desdenhando o vencedor? Negativo, o Tubarão mereceu vencer, o placar mostra com clareza. Por outro lado, o amigo há de concordar que negar a infantilidade da defesa atleticana nos lances de gol do azul e branco seria faltar com a verdade.

Depois de dois meses ainda existe a expectativa de que Hernani contribua com a marcação, resultado, Sidcley recebe sobre si todo o esforço adversário, a coisa fica complicada. Para ajudar seu Pet, justifiquei a entrada de Hernani pela estatura, o auxílio na bola aérea. Pelo jeito pouco adiantou, o Atlético tomou dois gols de escanteio.

Apostando na defesa, o Atlético bulia com Tubarão e ele lhe comia um braço, ficava olhando para o sangue derramado, o bichano lhe papava uma perna, tentava acalmar a fera, ela lhe arrancou o coração. O Ventania fez jogos muito fracos durante todo o campeonato, viveu de alguns bons quinze minutos finais, do crescimento absurdo do futebol de Marcos Guilherme.

Ontem, faltaram os bons momentos, a coragem ofensiva, o Atlético foi o que realmente é, um time sub-23 com treinador que acha que grito ganha jogo, algo impensável para jogador da qualidade do senhor Petkovic.

Não vamos agora procurar culpados, também não vamos afagar, achar que são meninos, são todos bem taludinhos para levar o chocolate que levaram. Para alguns é fim de carreira, outros têm que carpir muito lote se quiserem viver da bola, dois ou três são promessas, com humildade e trabalho têm chances.

Qual a maior bobagem do jogo? A entrada tão tardia de Nathan. O piá joga bola, é tranquilo, entrou cinco minutos e colocou uma bola ao alcance de Guilherme, quase fomos para os pênaltis. Tem lugar no avião para a Bolívia e senta no último banco do ônibus para Londrina. Aí é “pracabá”. Acabou.

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