quinta-feira, 10 de abril de 2014

PASSA O RODO

A queda nas alturas coloca a gente rubro-negra para pensar, avaliar tudo que foi feito até agora, encontrar o caminho certo para enfrentar o ainda longo 2014. Basicamente, o Atlético tem que pensar em três aspectos principais. A permanência do senhor Antônio Lopes à frente do Departamento de Futebol, de Don Miguel no comando da equipe e um profundo estudo do elenco disponível.

Com todo o respeito ao Delegado, acho que o momento do relógio de ouro já passou, está na hora de curtir netos e bisnetos. Acredito que sua honestidade e lealdade ao presidente sejam os principais motivos para sua prolongada estada à frente do futebol do Atlético. A confiança do presidente o manterá no cargo importantíssimo, neste aspecto sem novidades.

Quanto a Don Miguel, dei-lhe o tempo necessário para mostrar serviço e nada vi. A troca de passes eficiente que assisti no primeiro jogo contra o Universitario e cheguei a imaginar ser seu principal legado para o Furacão ficou na ameaça. Don Miguel não deixa herança. A entrada de Adriano desde o início contra o Strongest foi uma barbaridade, a saída de Éderson um horror, a entrada de Zezinho uma calamidade que deu frutos negativos em dois minutos.

Quem seria seu substituto? Não sei, por certo não será Petkovic, um caos no meio do berçário, uma invenção a dar certo em qualquer lugar menos à beira do campo. O Atlético não é escola de treinadores, é time de futebol, tem que vencer, projetar jogadores, ser treinado por gente competente, com experiência, que dê resultado no dia seguinte. Tenhamos um mínimo de bom senso.

E o elenco? A lista de dispensas é grande. O ciclo de muitos do sub-23 chegou ao fim, tem gente que só “o empresário forte” – como diria o meu porteiro coxa – justifica a presença com a camisa do Atlético. Tenho certeza que o amigo já ouviu sua esposa, namorada, “ficante”, perguntando horrorizada, “nossa, quem é esse rapaz?”, depois de pixotada pavorosa.  

Do time principal a relação é do mesmo porte. Tem gente que vive na AtléticoTur, tem vaga no ônibus, no avião, de 6 em 6 meses aparece como solução, nunca resolve, mas está todo alegre tirando foto na viagem. Reserva eterno de elenco fraco, onde faltam zagueiros e os indispensáveis pensadores de jogo, aliás, pensantes inexistem.

Hora da faxina. Todos tiveram chances, quem aproveitou, aproveitou, quem não mostrou serviço, tchau e benção. Se o time que chegou a terceiro do Brasileiro, vice da Copa do Brasil perdeu cabeças, porque agora seria diferente? Passa o rodo e vai atrás de peças. Melhor agora, enquanto há tempo. Passa o rodo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário