Eu adoraria ver o
Atlético negar a saída do guri para a seleção. O amigo todo orgulhoso de ter
representante rubro-negro na canarinho pergunta por quê? Simplesmente por que o
Atlético não ganha nada com isso, perde a participação do jogador em
campeonatos que disputa, coloca-o numa vitrine da qual somente o empresário do
piá pode tirar lucro, o Furacão ficará lambendo os dedos após anos de tutela da
promessa.
Depois que a lei “emPELÉsário”
matou os clubes, a ida para essas seleções de base só serve para facilitar a
fuga prematura de jovens valores. Vem lá o timão europeu, cochicha no ouvido do
pai encantado com as cifras monumentais e lá se vai o guri deixando quireras para
o formador. Sei que o assunto é polêmico, ambos os lados têm defensores cheios
de razão.
Fico imaginando se não
haveria forma de segurar esses meninos sem que se tenha que pagar 500 mil reais
por mês para alguém jogando no dente de leite. Deve haver, o Santos revela
safras de craques adolescentes e não me consta que sejam cooptados com tamanha
facilidade por clubes estrangeiros.
Penso que estou entrando
em terreno pantanoso sem conhecimento suficiente para sair do atoleiro sem
sequelas graves, se assim for, o amigo vai perdoar minha ignorância. Mesmo
assim, se existe a possibilidade, penso que o Atlético deveria negar a ida do
piá para a seleção. Iria dar um forrobodó danado, suscitar polêmica, polêmica é
conosco mesmo.
O problema é que posso
estar advogando a causa errada, incorrendo em erro grave com a minha otimista
visão do futebol do jogador, quem sabe ele não é tudo que imagino, seja apenas
um dos tantos que ficarão pelo caminho. É bem possível, afinal, ele é só mais
um reserva do sub-23.
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