sexta-feira, 4 de abril de 2014

BOLA RETA MATADORA

A vida continua. O chocolate de Londrina já está bem guardado, será repassado na Páscoa próxima, dos males o menor, vamos fazer economia, o que é muito bom na atual conjuntura em que os preços crescem e as embalagens diminuem. O coxa que foi eliminado com magérrimo 1 a 1 ficou longe dessa vantagem. Para quem anda na pindaíba um chocolatinho faria bem. Que acha disso, seu Virso?

A vida continua e temos um morro brabo para subir. Ano passado andei pela cidade do México, 2400 metros de altitude. Nos primeiros dias, irmão pascoalino, fiquei meio no bagaço. Fiquei imaginando o brasileiro de nível do mar, fazer longa viagem de avião e jogar partida valendo a vida, um, dois dias depois. Mesmo com toda a juventude e preparação, o atleta deve sentir um bocado.

A altitude de La Paz é superior aos 3600 metros, 1200 a mais que a capital asteca que sofri. Vai ser uma dureza. O Atlético campeão brasileiro já avisou. Fez 5 no primeiro tempo contra o Bolívar em 2002, levou cinco no segundo e quase perdeu. Assim, medidas estão sendo tomadas para evitar o desgaste dos atletas.

Vamos para Santa Cruz de La Sierra, quase ao nível do mar, viajamos em cima da hora para La Paz, a ideia é expor o jogador à baixa concentração de oxigênio o menor tempo possível. Nossos goleiros treinam com bolas leves, os atacantes aprimoram o incentivado chute de fora, a batida mais no meio da bola, “mais reta” como disse o Éderson.

O físico é importante, a cabeça muito mais. O chocolate londrinense deve ser explorado. O apagão sofrido pelo Ventania é possível, aconteceu, não deveria, mostra fragilidade do elenco a momento mais do que esperado, a pressão do Tubarão, o apoio da torcida, a desvantagem no placar.

O The Strongest vai espernear o que der, sua torcida vai botar fogo pelas ventas, voltar classificado é tarefa para guerreiros de escol. Eu disse escol, não Skol. O Atlético pode, já segurou Grêmio e Internacional na Copa do Brasil 2013, o time é psicologicamente forte, vai tirar do passado forças para enfrentar o presente.

João Paulo afirmou que “dentro do campo, precisamos nos ajudar”. É isso mesmo, apoio mútuo, força, fé no resultado positivo, acreditar até o último minuto. A irmandade rubro-negra tem que estar focada em ultrapassar a barreira no topo do mundo, prosseguir na América, fazer história. João Paulo parece estar com a cabeça no caminho certo, muito bom, então só falta aquele chute de fora, aquela bola “reta” matadora.

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