terça-feira, 29 de abril de 2014

MAIOR QUE O FURACÃO

Disse Don Miguel em entrevista: “Se jogarmos como no segundo tempo de hoje, podemos ganhar de qualquer time no campeonato”. Aí que mora o perigo, abre a possibilidade para outra afirmação perigosa: “Se jogarmos como no primeiro tempo vamos para a segunda divisão”. Definitivamente, nem uma nem outra.

O Atlético está buscando um caminho, tentando encontrar um onze ideal, um sistema que aproveite o melhor de seus jogadores. Já que Don Miguel gostou tanto do segundo tempo, podemos esperar outro Furacão contra a Raposa? Vamos jogar no ataque? Não acredito, nem seria inteligente. Vamos ver o que o entrenador e suas experiências tem para nos mostrar.

Vamos ver se Bady já mostrou qualidades para entrar no time, fazer a articulação que tanto precisamos. Seria interessante ver a principal contratação do Atlético em campo. O Atlético do próximo sábado tem que ser melhor.

Quando o Atlético passou na fase preliminar na Libertadores com aquela sequência abençoada de penalidades, amigo coxa disse não acreditar em tanta sorte, disse ainda estar inconformado com nosso retorno à primeira divisão, aquela bola tirada por Cleberson sobre a linha nos últimos minutos no jogo com o Paraná. Domingo Cleberson falhou e muita gente bateu firme no zagueiro.

Zagueiros falham, atacantes perdem gol, os melhores momentos estão cheios de pixotadas defensivas, furadas ofensivas. Cleberson tem crédito, se tiver cabeça, o erro vai ser muito útil. Quantas vezes fizemos vista grossa para as falhas de Manoel até o ídolo descobrir que era maior que o Furacão? Jogador da base é assim, a gente vai compreendendo seus erros, até que um dia eles aprendem e vão embora.

Foi assim com Rhodolfo, é assim com Manoel, será assim com Cleberson. Eu acho natural, só penso que deveriam se preocupar em deixar algum nos cofres do Furacão que lhes deu vida. A gratidão está fora de moda, mas eu gosto.

Marcelo passou da bola contra o Vitória. Os baianos que o viram no Leão da Barra ficaram impressionados. Realmente sua evolução é de cair o queixo. Marcelo resolveu jogar todo o ataque, mexer-se como lagartixa em chapa quente, o conselho que dei a Marcos Guilherme respingou no Papa-léguas.  Os nossos meninos devem seguir o caminho de Marcelo, aproveitar o exemplo, virar-se nos noventa, enquanto ele está aí, não fica maior que o Furacão.

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