terça-feira, 3 de maio de 2011

BATALHA NO SANTUÁRIO

Muito difícil saber o Atlético a entrar em campo contra o Vasco. A liberação de jogadores pelo departamento médico, a boa performance de Branquinho e Madson em Paranaguá, o retorno de Baier, a possibilidade da escalação dos volantes Paulo Roberto e Wendel, a importância do “jogar futebol” no dizer de Adilson são condicionantes a tornar os onze  titulares do rubro-negro dúvida interessante para o início da partida.

Do outro lado, o Vasco é do conhecimento de todos e deve repetir o time que perdeu a Taça Rio para o Flamengo no domingo: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramon; Felipe Bastos, Rômulo, e Felipe; Diego Souza, Eder Luis e Alecsandro. O esquema tático é um 433 clássico.

O comando do jogo fica por conta de Felipe. Vem buscar a saída de bola, faz lançamentos longos a partir da defesa, chega no ataque, enfia bolas verticais para os atacantes e finaliza bem de fora. Pode-se dizer que é dono do time. Se deixar jogar, acaba com a pelada.

Com Felipe bloqueado, a saída de bola acontece por Allan ou Ramon, ou, ainda, pelo lançamento longo de Dedé para Eder Luis nas costas dos laterais, de preferência pela ponta direita. O tiro de meta vai para Alecsandro, ou Diego Souza raspar para a entrada de Eder Luis.

Defende com sete jogadores, uma primeira linha de quatro, outra com os três volantes, se considerarmos Felipe um volante. Nessa situação, Diego Souza volta para dar início ao contra-ataque, mas não tem função defensiva importante. Eder Luis e Alecsandro permanecem no campo adversário, objetivos do contragolpe.

Os três homens de frente procuram marcar a saída adversária com proximidade, rapidamente diminuindo os espaços para o condutor da bola. A formação defensiva funciona. É difícil finalizar contra Fernando Prass, um ótimo goleiro em todos os fundamentos.

Ataca com a aproximação dos laterais – Allan é mais efetivo, tem bom entrosamento com Eder Luis pela direita –, mais os volantes Felipe Bastos e Felipe. Rômulo, normalmente, é o cão de guarda da defesa. Eder Luis flutua pelos dois lados do campo e é muito lançado em velocidade nas costas dos laterais. Diego Souza prevalece pelo lado esquerdo e Alecsandro é o fixo da última finalização, ou o pivô para os companheiros que entram. Se é difícil finalizar contra o Vasco, o ataque vascaíno tem também muita dificuldade para chutar a gol.

No banco, o almirante guarda jogador capaz de modificar partidas. Bernardo tem entrado no segundo tempo e feito diferença. Rápido, vai na vertical, consegue faltas nas proximidades da área, chuta bem de fora, bate bem as diretas e tem fôlego para ajudar a defesa, algo que Diego Souza não faz.

Os escanteios têm Dedé como principal objetivo, embora variações para o chute de fora, na surpresa, possam acontecer, para Bernardo na direita e Ramon pela esquerda. O amigo sabe, aquela bola passada para trás na quina da grande área.

Conhecer o Vasco é o grande trunfo de Adilson Batista. Vai montar seu time atento às vulnerabilidades e eficiências vascaínas, e terá a seu dispor time muito mais descansado. Sabe que tem que ganhar, sem sofrer gols, e deve reconhecer a falta de entrosamento como um dos problemas a enfrentar.

Resumindo é o jogo do conhecido, cansado e entrosado contra o desconhecido, descansado e desentrosado. Acho que Sun Tzu gostaria de inimigo sabido e vindo de importante refrega.

Assim, amigo rubro-negro, é partida para noventa minutos. Você vai ter que cantar o nome do todos os jogadores – não só os da preferência da Fanáticos –, relevar erros, elogiar esforços, estar junto até o último segundo. Se a torcida fraquejar no apoio, a diferença necessária ficará difícil. Arme-se de paciência, aqueça a garganta e vá. Amanhã, tem batalha no santuário

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