sábado, 14 de maio de 2011

PETRAGLIA CONSEGUIRÁ

Volto ao assunto da exclusão de Curitiba da Copa das Confederações. As cinco escolhidas pela redação do Jornal Nacional saem na frente, com todas as chances de serem confirmadas no dia 29 de julho próximo. Basicamente, tem maior força política, é indiscutível.
É interessante observar o tamanho da tropa envolvida com o assunto. Existe o secretário do governo para assuntos da Copa do Mundo, Mario Celso Cunha, o gestor municipal, Luiz de Carvalho, a tropa do Atlético, que agora acaba de formar uma comissão de oito conselheiros para acompanhar os trabalhos. É muita gente para nada.
Fora o pessoal do colarinho branco, tem também o meu amigo pipoqueiro paranista, preocupado em fazer estoques, a Superintendência dos Produtores de Caldo de Cana, pronta para aquecer o preço do álcool, a Associação dos Cambistas está em “ebullition”, desde já investindo no inglês da cambada, é um tal de “How much?” prá lá, “One hundred” prá cá, “I have tickets, I have tickets” é o que mais se ouve nos corredores da organização ilegal. Ilegal? O que dá prá rir dá prá chorar.
As reuniões se repetem, os preços crescem, as soluções mínguam.  Segunda-feira, na Assembléia Legislativa ocorrerá o II Fórum de Cidades-Sede da Copa do Mundo 2014, com a presença dos ex-jogadores Romário e Danrlei. Dezenas de pessoas se reunirão para tomar cafezinho, discutir o sexo dos anjos e chegar a lugar nenhum, e os amigos sabem por quê?
Por que no meio deles não perfila alguém que tenha construído um estádio do piso ao teto, que entenda de custos, obras, prazos, tenha vivido o processo do começo ao fim. São burocratas que nunca fizeram um puxadinho, escutando construtoras, assessorias, movidas pelo lucro que engorda orçamentos.
Já que o amigo teve a paciência de me acompanhar até aqui, responda de bate-pronto, de olho fechado, como se aquela professora com óculos na ponta do nariz e a régua pronta para ser quebrada na sua cabeça perguntasse um sete vezes nove. Pergunto eu: quem construiu o melhor estádio do Brasil?
Você pode ser um ingrato e falar o nome com azedume, ou ser grato e falar com consideração e apreço. De qualquer forma, o nome é o mesmo: Mario Celso Petraglia.
Petraglia pode começar a reforma da Arena amanhã, tocar a obra, acabar com esse pesadelo absurdo, colocar o Paraná na frente, evitar as chacotas, as insolências da canalha nacional.
Petraglia é a solução e está fora do processo. Os conselheiros do meu rubro-negro, filhos de Petraglia, se escondem em suas trincheiras, e deixam o barco rolar, neste caso não só traidores de quem lhes garantiu a honra do cargo, mas traidores do clube, da cidade.
Malucelli nunca quis tocar a obra. Sempre foi contra. Pois resolva seu problema. Passe o pepino. Crie um ligação do clube com o ex-camarada de chapa e nem vai precisar se encontrar com o atual desafeto. Petraglia deve ter um escritório de onde possa tocar a obra.
Malucelli poderá cuidar do futebol mais de perto, deixar de lado o que lhe aborrece e terminar seu mandato com louvor, nos braços da torcida, conduzir a transição com sabedoria e deixar seu nome na história. As ótimas soluções primam pela simplicidade e desapego.
Se Malucelli continuar inerte, se os conselheiros persistirem no imobilismo, a torcida tem que se mobilizar, voltar às ruas, influir Malucelli a entregar a César o que é de César. A Arena sempre foi de César.
Já falei “fica Petraglia”, já escrevi “fora Petraglia”, por isso me sinto à vontade para pedir Petraglia à testa da reforma da Arena. Só assim, saindo atrás, poderemos chegar na frente e receber a Copa das Confederações, objetivo de hoteleiros, pipoqueiros, cambistas, taxistas e afins.
Ou o amigo acredita que os estádios das cinco cidades escolhidas estarão prontos em 2013? No aperto, tudo em atraso, correrão para a velha Baixada de guerra, tinindo de nova. Escrevo sem dúvidas a me atormentar.
Petraglia conseguirá.

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