sexta-feira, 6 de maio de 2011

PERGUNTAS A RESPONDER

O Atlético político está pior que o Furacão dos gramados. Por quê? Tenho minhas desconfianças. Só desconfianças.
Parte da imprensa dita rubro-negra fez esforço admirável para desconstruir a organização atleticana. Primeiro, solapou Geninho, antes mesmo da sua chegada à Curitiba.
Impossível dar certo. Era preguiçoso, ele e o filho, estava desatualizado, os adjetivos pesaram sobre o treinador como se o campeão nunca tivesse obtido um resultado positivo, a estrela da camisa não tivesse sua assinatura. Geninho caiu.
Insuficiente a queda do ídolo. Faltava atacar o departamento de futebol. Então surgiram as cifras, o volume de dinheiro gasto em contratações que deram em nada. O ataque foi objetivo e devastador. Após negociação mal sucedida, envolvendo atacante do Caxias, negociado com o Coritiba, caiu o trio das contratações.
Fui contra a saída de Geninho pela forma como se realizou. Os resultados em campo eram satisfatórios. Permanecesse no comando, a equipe poderia estar em nível pouco superior. Os reforços nunca chegaram e o elenco tem deficiências, difícil culpar o treinador, seja ele Geninho, seja ele Adilson, pelo fraco rendimento.
Se até agora os reforços estão ausentes do Caju e imaginando-se que as tratativas com o Caxias aconteceram sem o conhecimento prévio da disponibilidade de recursos para a contratação, só definidas pelo presidente após o retorno dos diretores da terra da uva, conclui-se justa a queda do departamento, afinal, o amigo, gerente da sua economia familiar, não sai para comprar dois caquis sem saber o dinheiro que tem no bolso.  
Assim, certa estaria a dita parte da imprensa rubro-negra. O problema é que sou desconfiado. Geninho tem passado no Atlético, nos deu um título nacional, nos livrou da segunda divisão, impossível não merecer crédito, ser atacado no momento da indicação do seu nome. Com que interesse?
Mesmo com os segredos da maior potência mundial abertos para o mundo pela transnacional WikiLeaks, cresce a minha desconfiança. Espanta-me a facilidade com que os valores das contratações chegaram à crônica esportiva, com tamanha riqueza de detalhes. É óbvio que alguém os forneceu. Alguém de dentro do Atlético. Com que interesse?
O Atlético convive com a traição de longa data. Meninos de família, criados no clube, se afastaram levando seus tesouros. Tem gente que defende. Quem defende o Atlético?
Tem caroço neste angu. O vazamento de informações com o fim de desestabilizar a administração do clube é crime grave. Malucelli deve estar alheio a tudo isso, me chamar de maluco, em último caso, culpar a oposição.
Acho que deveria reunir sua patrulha e mandar abrir as mochilas. Dar uma olhada nas mensagens dos celulares. Quem sabe encontre a origem do interesse do Coritiba pelo desconhecido Everton.
O momento é grave. O pior inimigo é melhor que o anjo traidor. O Malucelli, o Adur, o Zimmerman, o Ênio, a dona Yara-rebenta-vascaíno, toda a velha guarda tem que fazer análise criteriosa do último quadrimestre e encontrar o infiltrado. Não é difícil. O segredo é o mensageiro.
Antes da primeira eleição do Lula, o fogo da crise econômica soprada pelo PT obrigou o FHC a ligar para o Zé Dirceu e avisar que o país quebraria caso continuasse o fomento do caos. Até o PT entendeu e baixou a bola, quem quer receber o desastre como herança?
Quem tinha interesse em destruir Geninho? Quem é o mentor do CapLeaks, origem dos números fornecidos para a imprensa? Quem dentro do Atlético quer desestabilizar Malucelli? Quem dentro do Atlético quer quebrar o Atlético? Que terceira via cresce às escondidas para assumir o poder?
Perguntas a responder.


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