terça-feira, 24 de maio de 2011

O CAPITÃO CELESTE

“Quem conseguir modificar suas táticas em relação ao adversário e dessa forma sair vencedor deve ser denominado capitão celeste”
                                                                                                                             Sun Tzu
A sorte no futebol, como na guerra, é volúvel. Num momento bafeja favorável a um contendor, noutro muda sua orientação e passa a conspirar a favor do adversário. Iniciada a partida, não importa o local, o clima, a diferença de forças, tudo pode acontecer. O fiel da balança, a diferença entre a vitória e a derrota é a atuação do treinador.
A partida é o encontro de dois planejamentos distintos, ambos elaborados para a conquista dos três pontos. O desenrolar do jogo mostrará qual deles tem maior probabilidade de alcançar o objetivo proposto, concorrendo para isso o planejamento ensaiado durante a semana, repassado pelo treinador em sua preleção e, também, série de outros fatores previsíveis ou não, que nada tem a ver com análises, estudos ou conclusões teóricas.
Por vezes, o time equilibrado nas variadas funções de seus jogadores, adestrado com esmero, orientado sobre todos os detalhes do adversário, entra inexplicavelmente abatido em campo, encontra oponente cheio de entusiasmo e a partida é colocada em risco já nos seus primeiros minutos. É o fator moral influindo no combate. Nesse caso, o treinador estará com sério problema a resolver. Pior, o baixo moral pode ser fruto das suas próprias decisões.
Mais comum, entretanto, é observar-se a implementação de plano de jogo mais eficiente como o fator determinante da superioridade demonstrada no marcador. O treinador em dificuldades, apoiado por sua comissão técnica, deverá entender com presteza o motivo do desequilíbrio tático, descobrir em que se baseia a supremacia oposta, verificar o que foi necessário enfraquecer para obtê-la e, mudando seu planejamento inicial, anular suas vulnerabilidades e atacar as fragilidades do antagonista colocadas à mostra.
Não bastará a ordem certa partir do banco de reservas. A intervenção deverá ter base nos treinamentos realizados, estar ao alcance das capacidades individuais de seus jogadores, ser viável como um todo e, quem sabe o mais importante, ser expedida por chefe reconhecido por seus atletas, que lhe dediquem confiança e se empenhem com vigor no cumprimento de suas ordens.
Nesse ponto, o treinador é o general em ação. Seu comando terá que ser ouvido com máxima atenção e colocado em prática com coordenação e entusiasmo.
A resposta em campo não poderá demorar a acontecer. Ela tem que ser imediata e seus resultados devem afetar obrigatoriamente o rendimento do rival. Será o momento do general inimigo entrar em ação. É o que os comentaristas chamam de duelo tático. O mais inteligente e com melhor ação de comando vencerá e receberá o título de capitão celeste.
RESPONDA AMIGO: VOCÊ DARIA AO SENHOR ADILSON BATISTA O TÍTULO DE
CAPITÃO CELESTE?
(O CAPITÃO CELESTE é artigo do Capítulo II – O GENERAL TREINADOR – do livro SUN TZU E A ARTE DO FUTEBOL, de autoria de Ivan Monteiro, registrado na Biblioteca Nacional sob número 329.967 – livro 605 – folha 127 –, não publicado e em constante atualização)


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