quinta-feira, 20 de junho de 2013

EXPLICAR EM CASA

Assisto as entrevistas de pós-jogo na Globo internacional e entendo que minha visão da partida está totalmente desvirtuada, o Brasil fez um grande jogo, está tudo bem, vamos firmes para a final. Não costumo errar tanto.

Acho ser bem possível chegarmos à final, é o nosso dever, agora, achar que fizemos um bom jogo contra o México em crise só porque ganhamos de equipe que tem sido pedra no nosso sapato nos últimos anos penso ser um exagero.

O time das minhas ressalvas muito rapidamente adquiriu a cara do mestre Felipão. A defesa é forte, até agora não sofremos gols, no ataque Neymar vai resolvendo, dando tranquilidade ao início dos jogos. Tudo dentro da teoria do primeiro não levar, um gol lá na frente garante os três pontos.

Foi assim com o hoje auxiliar Parreira em 94, repetiu-se em 2002 com o piloto titular Felipão. Com Parreira, Romário e Bebeto eram a garantia de gols. Com o gaúcho velho, Rivaldo e Ronaldo beliscavam no ataque.

A fórmula é um sucesso. Nos deu duas copas. Exige empenho absoluto da equipe no esforço defensivo, o brilho das poucas estrelas no ataque. Se contar com a simpatia da arbitragem nos piores momentos fica uma beleza.

Quem conhece isso de perto é o delegado Antônio Lopes, espião do seu Felipe em 2002. É confortante. Frente ao colapso defensivo rubro-negro neste início de Brasileiro não nos falta conhecimento teórico para dar solução ao problema.

Nhô Drub treina a equipe para lhe dar o necessário equilíbrio, isto é, melhorar sensívelmente o rendimento da defesa. Os jogos contra o Jotinha e a Chapecoense são essenciais para se verificar a evolução do setor a dar mostras claras de fraqueza. O atleticano desconfiado torce para que dê certo.

Aqui do México estou na mesma torcida, assistindo os programas esportivos locais, Los Capitanes, Fuera de Juego, Fútbol Picante, interessados na visita que os tricolores teriam feito a determinada casa noturna brasileira, a atuação na partida de ontem já esquecida. Uma bomba.

Os craques de la Tri estão com a vida enrolada. Os problemas em campo podem ser resolvidos com a demissão do treinador já encaminhada, duro vai ser explicar em casa.



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