domingo, 2 de junho de 2013

NO GRITO

Levei meu inconformismo para escutar as entrevistas dos atleticanos. O ambiente de tristeza, o clima de velório, o reconhecimento do bom jogo, dos bons jogos aliás, pontuou a fala de todos os jogadores que ouvi e do treinador rubro-negro. Os momentos de desequilíbrio foram reconhecidos, a dureza do próximo jogo contra a Ponte Preta esteve clara na palavra de cada entrevistado.
Nhô Drub ressaltou as falhas na bolas paradas. Cheio de razão, aliviou o pessoal da defesa, argumentou que a bola parada encontra todo o time dentro da área, o descuido é dos onze, crucificar somente os defensores é injustiça grave.

O mineirinho me tirou a escada. Matei a pau o Weverton, exigi dele a saída na bola aérea, quem sabe a minha fúria tenha ido longe demais, mas ainda acho que ele é fundamental na obstrução da jogada, já provou que sabe e pode ajudar muito mais.

Juninho que estreou na partida contra o Fla vindo do Paulistão recém-encerrado, reconheceu a dificuldade a enfrentar no jogo contra a Ponte Preta. Ele sabe do que está falando.

Vi apenas um jogo da Macaca, contra o Mirassol lá no distante mês de março. Na época o time tinha a defesa menos vazada do campeonato, Willian era o artilheiro da equipe com onze gols. Do time que vi, poucos estavam presentes contra o Corinthians no último sábado, partida em que o Timão venceu tomando uma canseira dos meninos do seu Guto Ferreira.

No jogo que vi, fiquei impressionado com o time de desconhecidos, com a sua capacidade de atacar com velocidade e recompor na defesa com nove jogadores em instantes após o final da ação de ataque. A pouca ação ofensiva dos laterais, Cicinho é o que vai um pouco mais, e os volantes sempre recuados justificam o pouco número de gols sofridos. O Mirassol que perdeu de dois a zero só incomodou em chutes de fora.

No ataque fiquei boquiaberto com o ex-corinthiano Chiquinho, com sua rapidez, com sua movimentação pelos dois lados do campo, com sua finalização de fora, com sua participação eficiente na cobrança das bolas paradas. Pareceu-me o dono do time. Gostei também de Rildo jogando pela esquerda, capaz de girar rápido sobre o marcador e partir para a linha de fundo ou infletir na diagonal da área. Para quem tem saudades do ponta-esquerda, bom de ver quando não é contra o seu time.

O Atlético já voltou aos treinamentos neste domingo. Precisa sair do clima de velório. Sem alegria não se joga futebol. A Macaca é adversário a respeitar, como toda e qualquer equipe. Nhô Drub deve conhecê-la de cor e salteado. O jeito é voltar à sala de aula, reconhecer erros, consertar defeitos, acreditar no resultado positivo, persistir na busca da vitória. Acabo de ver Bahia 2, Inter 1 em casa colorada, prova de que tudo é possível.

Vamos Furacão, vamos jogar como nunca, falar mais, dar força ao companheiro, tirar força do coração rubro-negro, afastar os irritantes fantasmas no grito.


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