sexta-feira, 7 de junho de 2013

VAI VALER A PENA

A comissão técnica do Furacão deve estar fazendo seu balanço de meio de ano. A parada da Copa das Confederações aconselha um repensar de atitudes. Os primeiros meses de 2013 foram pródigos em projetos que afrontaram os alicerces do planejamento futebolístico tradicional.
A disputa do Paranaense com o sub-23, a chegada à final , foi sucesso reconhecido por amigos e inimigos. Jogadores jovens ganharam experiência, defenderam as cores do Atlético com profissionalismo, ganharam espaço na equipe principal, valorizaram-se, abriram as portas dos clubes nacionais para suas carreiras.

A Euro Tour 2013 encheu as prateleiras do Caju de troféus de todas as categorias. Deu experiência internacional aos jogadores, colocou o Furacão na vitrine mundial, destacou a marca como excelente formadora de atletas, o que não é novidade, veja-se o Manchester City pagando 100 milhões por Fernandinho.

O que está em dúvida é a longa pré-temporada do time titular. Os primeiros resultados não foram bons, até a vitória contra a Ponte Preta foi conseguida nos minutos finais da partida, por pouco a Macaca leva os três pontos, por pouco não entramos na mais profunda depressão.

Dois aspectos devem ser observados. O treinamento e as contratações.

Os resultados mostram claramente que o treinamento ofensivo funcionou. O time faz gol, é rápido, a troca de passes acontece com relativa precisão, os jogadores tem liberdade para evoluir individualmente, as finalizações acontecem com regularidade. Os recém-chegados Everton e Ederson se encaixaram no esquema, tem espírito rubro-negro, contribuem muito. A estatística prova que o setor vai bem.

A estatística prova que a defesa deixa a desejar, o time sofre muitos gols, a bola parada incomoda, para ser bem claro, a defesa falha, os gols acontecem por mau posicionamento, alguns lances beirando ao bizarro como disse o próprio treinador. Coincidentemente, o setor foi o menos agraciado com contratações que pudessem fazer sombra aos titulares.

Pode-se levantar que o determinismo em atacar leve ao enfraquecimento da defesa. Penso que acreditar nessa ideia é contribuir para a continuidade das dificuldades defensivas. É melhor crer que esquecemos a defesa, não contratamos a altura, ficamos devendo, precisamos contratar imediatamente.

Fosse eu seu Antonio Lopes estaria procurando zagueiros e laterais no Brasil e exterior. Fosse seu Nhô Drub intensificando treinamentos sobre falhas que vem desde a série B, estão claras, assustam pela repetição. O balanço de meio de ano pode restituir o equilíbrio ao time, nos dar um excelente segundo semestre. Pode custar caro, mas vai valer a pena.

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