segunda-feira, 3 de junho de 2013

POR ENQUANTO

Imagino o treinamento do Atlético com os defensores gastando seus cabelos nas bolas paradas. A jogada que tem nos tirado pontos é o objetivo de todos os treinadores. Ela funciona, os atacantes vão para o drible e nem tentam ultrapassar o adversário, cutucam de lado a mariquita e deixam o corpo cair como se atropelados pelo marcador. Falta obtida, missão cumprida.

Minutos de tensão, empurrra-empurra dentro da área, o juiz faz uma média, ralha com os enamorados mais assanhados, a falta é cobrada e tudo pode acontecer. A péssima cobrança, o corte do goleiro, do defensor, o suspiro aliviado da torcida, ou o cabeceio do atacante, o gol desejado. Para cada falta importante, escanteio, no mínimo três minutos de jogo para a definição do lance crucial.

Nós atleticanos reclamamos da bola parada e esquecemos que Manoel fez gols finalizando cobranças de falta e escanteio nas últimas partidas. Pau que bate em Chico, bate em Francisco. O lance merece estudo.

Para quem acompanha os jogos, faz anotações sobre condutas de jogadores, uma das mais importantes observações é a atuação do goleiro nas bolas paradas. Quem conhece Felipe do Flamengo sabe que escanteio cobrado no interior da pequena área é do goleiro rubro-negro. Então, treine-se a ensaiada, procure-se outra alternativa. Sua atuação limita possibilidades.

O goleiro que não sai, ou pouco sai, permite a cobrança fechada, um perigo. Independentemente da forma de atuar do goleiro, a bola parada é cada vez mais procurada. E qual sua origem? A falta.

Sem a falta, o perigo de gol iminente inexiste. Então por que os defensores se arriscam a fazer faltas por vezes sem a menor necessidade? A linha de fundo é beco sem saída. Acompanhou, fechou o fundo, o máximo que o atacante pode conseguir é o escanteio tocando a bola nas pernas do marcador. Um pouco de esperteza do lateral, do zagueiro, nem isso acontece.

A resposta à pergunta parece uma natural tentação do defensor em fazer a falta, procurar o choque gerador da desgraça. Tentação ou irresponsabilidade? Chega de perguntas. Já motivei bastante a conversa no boteco.

Elias aparece como opção para o jogo contra a Ponte Preta. Pode o atleticano se motivar com a volta do armador? Penso que não. A possibilidade do retorno de Elias poderia fortalecer o ataque, setor em que o Atlético vai bem, está entrosado, fazendo gols, correndo-se o risco de enfraquecer a recuperação defensiva. Melhor tê-lo no banco, pelo menos por enquanto.

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