domingo, 16 de junho de 2013

MARACANÃ DE TODOS OS SONHOS

Acabei de assistir Espanha e Uruguai. O amigo vai me achar maluco, porém, tenho que confessar, o futebol toureador não me encanta. Aquele toque-toque com precisão cirúrgica só faz minha cabeça quando de cinco em cinco minutos está criando uma situação de gol. Quando coloca o adversário na roda sem a objetividade ofensiva acho chatíssimo.
Torci por um lance de sorte uruguaio para colocar fogo no jogo e ele só foi acontecer nos minutos finais. Infelizmente, depois do um a zero, quando o time da província Cisplatina resolveu jogar no modo Libertadores e parecia querer incomodar sofreu o segundo e o jogo foi para o banho Maria. Era metade do prImeiro tempo. Seria mais uma hora de futebol mareante.

O que me encanta no futebol barcelônico é a dupla mestre-sala e porta-bandeira formada por Iniesta e Xavi. Os dois passeiam pelo campo a dez passos um do outro, giram, trocam passes, confundem e quando um se distancia é para receber a bola na frente do goleiro.

Os demais jogadores são coadjuvantes de luxo. Preciosos no passe, na movimentação, produzem um controle da posse de bola que chega aos 75%, uma barbaridade. Melhor que isso, o posicionamento em campo, a capacidade de cerrar quatro jogadores sobre o condutor da redondoca com velocidade e retomá-la dão continuidade à inusitada posse de bola.

Quem vê se irrita com os erros de passe do oponente, acha que assim não dá mesmo, e aos poucos vai entendendo que as falhas são impostas pela forma de jogar do time do rei, que quando era a fúria não ganhou nada, precisou se acalmar para ganhar tudo.

Torço por um encontro entre Brasil e Espanha só para ver a solução que o seu Felipe vai ter para o problema. A solução pode estar no futebol alemão que deu um nó em Madrid e Barça na Champions League. Melhor seria que tivéssemos uma solução nacional, carregada de banhos de cuia e traços de arrodeio, e o encontro que eu desejo acontecesse na final, no Maracanã de todos os sonhos.

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