quinta-feira, 6 de junho de 2013

SANTO CHEIO DE TRABALHO

Estou imaginando o amigo já com a vela de sete dias acesa, de joelhos clamando pelo santo, quando Nhô Drub resolveu colocar Marcão no jogo. Weverton estava fazendo milagres, a Ponte buscava a vitória a todo custo, a imagem de outra derrota nos últimos minutos já ia se cristalizando sofrida, o gigante escapa pela direita, recebe e toca por cima de Edson Bastos. Quatro a três. É bom acabar logo antes que a Macaca empate. Acabou.

Foi um jogo de júbilos e decepções. A entrada de Baier no início do jogo colocou dúvida na cabeça do torcedor. Mexer no ataque, logo o que está funcionando. Não seria melhor deixar o velhinho no banco? O que parecia equívocado revelou-se apropriado.

Após predomínio inicial da Ponte, o Furacão se estabilizou e equilibrou a partida em alta rotação, jogadores ofegantes já aos quinze do primeiro tempo. O gol da Macaca em bola parada, falha de Weverton, foi a primeira decepção da noite. Eu que implorei pela sua saída do gol fiquei me sentindo culpado. Nem o "fidusca em pó" adiantou. Vamos à luta.

Felipe arranca pelo meio, serve a Baier na entrada da área, o chute rasteiro cruzado ganha as redes. Olha o velhinho aí fazendo gol de novo, o empate vai equilibrar os nervos, vamos para o vestiário, na volta conquistamos os três pontos.

Dezesseis segundos, a velha bola metida entre Manoel e Cleberson, Weverton salva a primeira, o rebote é passado a Willian, a Macaca na frente de novo, a repetição absurda do jogo contra o Cruzeiro. Só não joguei o macaco amarrado na parede por que é de louça, eu ia ter que catar os cacos. Aguenta coração.

Vamos Furacão! Vai ter que dar. O preparo físico superior vai ter que funcionar. Botelho escapa pela esquerda, cruza, Baier desvia, Bastos defende e a bola sobra para Éderson. Empatamos de novo. É hoje. Esse Éderson tem estrela. Resolvo acender a ela.

Ela ajuda uma barbaridade. Éverton entra na diagonal da direita e chuta de fora no canto esquerdo contrariando a expectativa do ex-coxa. Bola colacada, linda, olha eu pulando como macaco. É só segurar e obtemos a primeira vítória. Eu e minha confiança, faltava sofrer um pouco mais.

Bola lançada da defesa, o defensor atleticano dá um passe de cabeça para alvinegro entrando pelo meio, de novo a bola metida entre os beques, três a três. Errar é humano, se as defesas não falharem tudo termina em zero a zero, mas falhar tanto é pedir o divórcio do torcedor.

Aí é ajoelhar e clamar pelo santo. Que santo? Qualquer santo, um que feche o gol de Weverton, outro, ou outra, que ilumine o ataque com Marcão e Elias. A fé não costuma falhar. Eu já contei ao amigo o fim da história. A bola tocada por Marcão foi determinante, iam-se lá os minutos finais, a vitória estava assegurada.

Foi decepcionante em muitos momentos, foi sofrida o jogo todo, foi emocionante em seu final. Vencemos. Fica a certeza do ataque na ponta dos cascos, da defesa em pandarecos. Não é azar. São erros repetidos que não vão se resolver com o tal trabalho da semana.

Hora de contratar, gastar algum, trazer alguém para resolver, comandar a defesa, ou mudar o sistema, jogar com três zagueiros, colocar alguém na sobra para ajudar o santo cheio de trabalho.

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