Então me pego a pensar,
quando se vai a Madrid, Nova York, Londres, Paris e se observam as grandes
diferenças com as nossas cidades, tudo bem, mas quando se vai ao México e nos
deparamos com tamanho desnível entende-se o porquê das manifestações nas ruas
brasileiras. Não dá mais para aguentar tamanha incompetência.
Deixo a terra dos maias
tendo visto Brasil e Itália por meio de um site pirata, a imagem intermitente,
o jogo coincidente com México e Japão não foi transmitido pela cablevision. Da
maneira que assisti impossível qualquer análise, apenas elogiar o placar clássico,
digno do clássico que é o jogo entre as equipes mais vencedoras do mundo.
Revendo os gols, fica
clara a bela atuação de Fred, duas finalizações nas redes da Azurra e o
cabeceio que deu origem ao gol de Dante, a ótima atuação de Marcelo no ataque, a
afirmação de Neymar com o decisivo gol de falta. Em conversa dias antes com
mexicano adorador do futebol brasileiro percebi sua descrença sobre Neymar e
lhe assegurei que o brasileiro é craque, sabe tudo, vai explodir no Barça.
Estou certo disso.
Volto ao site do
Atlético e vejo que o Furacão perdeu para o Jotinha, usou um punhado de
reservas no jogo-treino, testou jogadores, algo totalmente desnecessário. O
time titular tinha que jogar, vencer bem, ganhar corpo para o jogo com o
Grêmio.
O mais assustador é o
posicionamento de Everton na lateral-esquerda – creio estar falando do meia
Everton, se for outro me perdoem –, o que mostra que entramos na fase da invenção, perigo maior que
os cones da Avenida das Torres.
Sobre a pelada Nhô Drub
declarou: "Hoje, particularmente, o objetivo foi de
observar jogadores, aqueles que não estão tendo a oportunidade de jogar. Neste
aspecto foi muito importante". Nhô Drub consegue tirar vantagem de todas
as desgraças, todos os jogos-treinos que realizamos no ano, a grande maioria
perdemos, foram de grande proveito. Fizemos cinco pontos em quinze no
Brasileiro.
Vejo que as contratações que eu
queria não aconteceram. Desço e encontro meu porteiro coxa, conversamos sobre
futebol e ele me assegura: “Seu Ivan, se o Atlético não for bem contra o Grêmio
e perder para o coxa no Alto da Glória, quero ver se eles não contratam”. A
conclusão é óbvia. A possibilidade de acontecer grande. Saio para caminhar com
a ideia na cabeça, sem conseguir entender a paixão que o meu Atlético tem por
namorar com o perigo.
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