Ter craques do nível de Sergio Ramos no cajueiro é ter aula particular a domicílio. Fosse eu alguém no Furacão, todo mês teríamos um mito passando conhecimentos aos nossos profissionais. Começaria com São Marcos ensinando milagres aos nossos goleiros, a arte de servir a um clube com amor.
Depois viriam outros. Edinho, a colocação perfeita, Falcão, o desarme elegante, a chegada ao ataque, Gerson, o lançamento milimétrico, Zico, a falta indefensável, Romário, o cabeceio entre gigantes. Poucos dias conversando, exercitando, trocando ideias, ensinando atalhos.
Falei que São Marcos seria o primeiro a aportar no Caju, mas a necessidade me obrigaria a mudar. Roque Júnior estaria no portão do CT Barcelos já na reapresentação dos rubro-negros. Assisti a entrevistas do zagueiro, sempre insistente na profunda modificação verificada em sua forma de jogar a partir do momento em que se transferiu para o futebol europeu, a transformação do zagueiro instintivo em tático.
O Atlético tem uma defesa inexperiente, instintiva, bons jogadores lançados aos leões, necessitando urgente alguém que lhes coordene movimentos, coberturas, avanços e recuos. O Departamento de Futebol atleticano é um mistério, pelo jeito vamos correr riscos, se assim for, se não vamos contratar, pelo menos devemos chamar alguém para ensinar.
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