O amigo com data de nascimento avançada vai lembrar de programa do Silvio Santos em que o sorridente apresentador perguntava a participante confinado em cabine à prova do som exterior se desejava trocar um automóvel zero quilômetro por um abacaxi e o titubeante gritava SIIIIIMMMMM, sem saber o erro que estava cometendo.
Respondendo à pergunta do site nem titubeio e grito SIIIIIIIMMMMM no mesmo alto e bom do som da vítima do seu Sílvio. Neymar tem provado isso. Na Copa das Confederações fez gols importantes, no jogo contra o Panamá abriu o placar, fez assistência, foi protagonista.
O Brasil é dependente de Neymar, como Portugal de Cristiano, a Argentina de Messi, como dependeu de Pelé, de Garrincha, de Romário, de Ronaldo, uns mais outros menos, conforme a qualidade do grupo. Em 62, Garrincha tinha que levar o caneco para casa.
Quando a estrela jogou o esperado, o Brasil levou. Por isso se lamenta, Zico era um craque, mas não nos trouxe a Copa. O portenho desconfia de Messi pelo mesmo motivo. O repórter se preocupa com a caça a Neymar, com seu destempero com a arbitragem, com o temor de perdê-lo.
O Brasil é dependente de Neymar como é de sua torcida. Foi o Hino entoado com fervor de soldado novo pelas arquibancadas que deram o tom das aguerridas apresentações da Copa das Confederações. Agora, não será diferente.
A torcida estará lá, uns emburrados ficarão em casa, aos poucos serão contaminados pelos foguetes, pelos gritos e sairão às ruas. Neymar carregará o piano. Espero. Fico vendo o craque batendo faltas, guarda uma, guarda duas, e penso, agora chega, vá descansar Neymar.
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