segunda-feira, 2 de junho de 2014

TREINAR NO PARAÍSO

O Atlético, que sacudiu a figueira e a deixou ardendo no fogo do inferno, deve muito do resultado ao belo trabalho do goleiro Weverton. Douglas Coutinho é o nome do jogo, três gols, pediu música, mas se milagres contassem para botar a vitrola para tocar, o goleirão rubro-negro estaria no seu direito, só no primeiro tempo fez 2 quando ainda estava 0 a 0.

Tivemos o início que eu queria, na frente, aos dois minutos já tínhamos duas finalizações a favor. O Figueirense só foi se encontrar após o nono minuto, quando contra-atacou e o moicano salvou a primeira. A partir daí, o jogo ficou equilibrado. O Furacão que trocava passes, virava o jogo com eficiência, começou a errar. Otávio precisa treinar a bola longa.

Aos 19, outro contra-ataque do Figueira, Everaldo livre atrasa para Weverton. Aos 35, a bola parada sobra no segundo pau, pancada forte, Weverton espalma, carinhosa bate na trave e retorna aos seus braços. O Atlético tinha mais volume de jogo, porém, o Figueira estava para o crime. Então, quando o juiz já olhava seu relógio, Bady lançou Sueliton, o cruzamento perfeito, gol de Coutinho.

O fim do feliz intervalo trouxe Nathan no lugar de Bady. Podia trazer também Cléo no lugar de Éderson. Os dois titulares tiveram pouca ação no jogo, sem ação, tem que trocar. O Furacão avança e aos 4 Weverton fez outro milagre. É o dia dele. Aos 7, Nathan arrancou pela esquerda, entrou na área, cruzou e Coutinho fez o segundo. Parecia o fim da pelada.

Por incrível que pareça, com dois a zero, ficamos vulneráveis ao contra-ataque. Nas bolas paradas a falha de marcação no segundo pau dava um trabalho danado a Weverton.  Nada é fácil para o rubro-negro. Aos 27, Otávio toma uma caneta, Cléberson dá um passo em falso, Everaldo sai na cara do gol, sem salvação, dois a um. Vamos para o sufoco.

O Figueirense, que já entrou em campo desfalcado, foi perdendo peças durante o jogo. Para que o amigo tenha ideia do time da ilha, Ivan, seu lateral-esquerdo, jogou no Atlético no longínquo Pleistoceno. Além de fraco, o Figueira se arrasta, aos 23, as cãibras já faziam suas vítimas.

A vitória atleticana tornou-se obrigatória e se confirmou em bela troca de passes. A bola longa encontrou Coutinho, de cabeça a Nathan, de novo a Coutinho, de peito a Marquinhos, mais uma vez a Coutinho, um toque e bola na rede. Coutinho mostrou qualidade técnica, velocidade e finalização precisa. O artilheiro do Fantástico e o milagroso Weverton salvaram o dia, nos colocaram para treinar no paraíso.

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