quarta-feira, 4 de junho de 2014

NO DIA DA ELEIÇÃO

Desci do Pinheirinho bem ali na Rui Barbosa, bati um papo rápido com meu amigo pipoqueiro paranista, uma depressão só, e segui para a XV atrás de uma camisa do Brasil, uma baratinha, dessas com toda pinta de oficial, Made in Colombo. Amigos, tomei um susto danado.

A cidade, ainda não perdi o hábito de menino de chamar o centro velho de cidade, está mortinha de dar dó, a dias da Copa do Mundo não se vê uma loja enfeitada, nem quando a Copa foi no Japão houve tão pouco entusiasmo. É lamentável.

Por favor, o amigo não vá me perder a festa, deixar de aproveitar a efervescência em que vai se transformar nossa cidade, dar as costas à oportunidade de mostrar aos filhos, aos netos a capacidade que o futebol tem de congregar pessoas de todo o mundo, até o Wolverine, a Shakira, o Putin, todos estarão aí, o herói, a deusa, o mau, tudo no envelope futebol.

Só falta o amigo ficar com essa cara de cachorro em canoa, indignado com o uso do dinheiro público, deixar de ir ao baile de formatura por que o reitor da faculdade tem dificuldades com o português, seus assessores têm caráter duvidoso. Presidenta, governador a gente troca na eleição, o que não dá é para perder o baile.

O coxa e o paranista, que estão indignados com a “magnificent box”, tem que olhar pelo lado positivo. O Atlético arrumou uma baita dívida, vai ter que ser virar para pagar. Vamos deixe de chorumelas, quer ir à manifestação tudo bem, um pé lá, sacode o cartaz, outro cá, na frente da televisão, na fun fest vivendo uma Curitiba cosmopolita como nunca se viu.

Vamos irmão, jogue fora esse pessimismo, é o futebol do mundo dentro da nossa casa, aproveite, dê exemplo, divirta-se com as crianças, o real e doloroso problema a gente resolve depois, no dia da eleição.

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