Para as novas gerações que não conheceram a “ditabranda” – o termo é do Estadão – é interessante comparar o Presidente Garrastazu Médici aplaudido de pé no Maracanã e a “presidenta” escondida do povo, refém dos salões do palácio. Porque será?
O brasileiro aos poucos foi se entregando ao sonho repetido de quatro em quatro anos. Começou com uma bandeirinha no carro, a Bandeira na janela, as camisas para os filhos, a televisão imensa, a reunião da família, o convite aos amigos e catapum, está ligado no 220. Hoje vai marejar os olhos na abertura, cantar o Hino inigualável, torcer como louco quando a bola rolar.
É meus irmãos, nós somos assim. Fomos enganados, mudamos, estamos mais preocupados com o futuro do país, dos nossos filhos, nossos netos, mas continuamos brasileiros, agarrados à única real possibilidade de mostrarmos nossa força. É bom que assim seja, seria muito triste dar as costas a tantos anos de glória, abdicarmos da alegria dentro de nossa própria casa.
O Brasil está preparado, tem um time forte, em condições de vencer, deve vencer. Alguns jogos serão dificílimos. A dura caminhada engrandece o caminhante. Outros fáceis, a final angustiante terminará com Tiago Silva levantando o troféu.
No fim tudo parecerá ter sido muito fácil, mudar a história um simples ato de vontade. Será o futebol nos ensinando o caminho para o resto do ano, o caminho de virar o jogo.
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