sábado, 14 de junho de 2014

O FUTEBOL AGRADECE

Os quatro jogos iniciais da Copa produziram 15 gols, média espetacular de 3,75 por partida. No único jogo vencido pelo placar mínimo, México e Camarões, a arbitragem anulou dois gols legítimos dos mexicanos, o que elevaria ainda mais a média. Os ataques estão dando um baile nas defesas.

Nem o calor, nem a chuva, nem a prioridade de não levar gol impediram os ataques de balançar as redes. A Holanda exagerou, deu um baile na Espanha, fez cinco, com direito a golaços, lançamentos preciosos, Casilla rastejando atrás de Robben, um show de velocidade e técnica.

Os juízes parecem aconselhados a marcar pênalti, o único gol da Espanha surgiu de falta duvidosa sobre Diego Costa. A FIFA defendeu seu Nishimura que premiou Fred. Fred disse que sofreu carga. Por incrível que pareça a mídia nacional foi unânime em afirmar o erro do árbitro, ninguém para ver um puxão criminoso.

Isso prova que nossa imprensa é mais clubista que nacionalista. Quando o pênalti é a favor do clube, sempre tem alguém para interpretar um roçar de braço como definitivo e afirmar categórico: “Para mim pênalti claro”. Resta a Pátria indefesa.

Os gols em excesso minimizam as falhas da arbitragem. Ficam esquecidos os gols anulados, os impedimentos mal assinalados, os pênaltis marcados, os encontrões nos goleiros, agora postos em dúvida. Pelo jeito a panaceia contra arbitragens perniciosas são ataques em ponto de bala. Já que juiz é bicho sem conserto que continue assim. O futebol agradece.

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