domingo, 15 de junho de 2014

O ESPETÁCULO É IMPERDÍVEL

A Copa coloca para o mundo o que é o Brasil. Quem já morou em Manaus sabe que este passinho rápido de curitibano só dura trinta minutos, depois você entra no ritmo, vai devagar, acompanha a vagareza dos maninhos, é caso simples de pura sobrevivência.

O jogo Inglaterra e Itália deixou isso bem claro. Os times começaram andando e só foram engrenar uma segunda no final do primeiro tempo. Um clássico mundial a passo de cágado, com Pirlo e Gerrard comandando a caminhada na selva.

Interessante pelas longas e precisas viradas de jogo, pelo oportunismo de Balotelli, um dos raros negros que vi jogar no time da bota. Hilário pela cara assustada do fisioterapeuta inglês contundido durante a comemoração do gol saindo na maca rumo ao médico cubano.

Para quem sempre torce pelo mais fraco, Uruguai e Costa Rica foi o jogo, um verdadeiro “castelanaço” para o time do seu Lugano, o carinhoso. A Costa Rica apresentou um craque de 21 anos, Campbell, o guri deu uma canseira na defesa uruguaia e provou que idade diz muito pouco, quem sabe mesmo joga com os grandes desde cedo.

Mostrou também uma eficiente primeira linha de defesa com cinco jogadores, para mim nunca tão claramente definida, pronta a ser copiada pelos em dificuldades.

A Grécia nem com Zeus no comando do ataque teria alguma chance contra a Colômbia, mostrou vontade e foi só. A avaliação da Colômbia fica para depois.

O Japão sustentava o um a zero com tranquilidade quando Drogba entrou em campo no meio do segundo tempo. Bastaram dois minutos, um lateral livre para fazer dois ótimos cruzamentos, dois bons cabeceios e Costa do Marfim fez o torcedor japonês borrar a maquiagem. Drogba só trouxe luz ao jogo, não precisou nem marcar.

Outro dia de jogos magníficos, muitos gols, técnica apurada, hinos cantados ao jorrar das lágrimas. Quem disse que não ia ver, estava de burro no canto da sala, indignado com a incomPTência, é melhor sair do burro e ligar a TV. O espetáculo é imperdível.

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