Uma hora antes do jogo caiu um temporal sobre a Arena magnífica de
fazer paulista chorar de inveja. A chuva inundou o gramado. O clássico que era
para ser tocado a técnica e organização tática mudou de estilo, passou a valer
a raça, o erro zero. O Paraná errou, o Atlético teve garra 101 minutos, venceu.
A elogiar no Furacão a determinação de todos os jogadores, o bom
desempenho na bola aérea defensiva, a marcação eficiente. Ir além disso é
incorrer em erro. Na necessidade de individualizar o elogio, Alexandre Cajuru é
o tiro certo. Foi bem sempre que exigido. Criticar um ou outro seria uma
maldade, tirar o brilho de vitória de estufar o peito.
Para o paranista assustado com o discurso de seu gerente de
futebol anunciando o fim do Paraná, lembrar que a equipe jogou bem, foi
organizada, esbarrou no problema já visto contra o Cascavel, a dificuldade em
chegar ao gol. Não é o fim do mundo. Foi clássico, na Arena, todo mundo sabe
que caiu na Arena dá pena. Essa foi horrível.
Mesmo considerando as condições de jogo, o coordenador atleticano
tem correções a fazer, o Ventania muito a melhorar. É necessário aproveitar o
momento. A vitória encharcada aumenta a confiança dos atletas, anima a torcida,
possibilita o crescimento, carimba com sangue jovem a marca do eterno time da
raça. Para o Atlético começou o Paranaense.
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