Jogando conversa fora com amigos, vou lembrando jogadores do
passado. Chego a Sérgio Lopes, o “fita métrica”, de passagem pelo Furacão lá
pela década dos setentas. O amigo mais jovem vai estranhar o “fita métrica”.
Alto, classudo, cabeça levantada passeando pelo meio do campo,
matada a bola com carinho, o lançamento longo chegava aos pés do companheiro
com precisão de milímetros, desnecessário dar sequer um passinho lateral para
matar a danada, ela já vinha amansada como vinho por anos descansando em barris
de carvalho.
Os mais novos da mesa olham com desdém, não acreditam, os mais
velhos balançam a cabeça positivamente, saudosos do tempo em que alguém que
sabia dar um passe de trinta metros com perfeição podia vestir a camisa
atleticana, sinal de que os demais clubes nacionais estavam lotados de craques
de igual categoria.
Eram outros tempos alguém dirá, hoje a marcação não dá tempo para
respirar, um Sérgio Lopes não teria espaço para dar suas estilingadas. Eu penso
que não, a matada perfeita, a visão de jogo, o conhecimento da forma de jogar
dos companheiros facilitaria tudo. Se o seu Sérgio Lopes fosse o atual 10 do
Furacão não seria o “fita métrica” seria o “mira laser”
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