sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

MIRA LASER

Jogando conversa fora com amigos, vou lembrando jogadores do passado. Chego a Sérgio Lopes, o “fita métrica”, de passagem pelo Furacão lá pela década dos setentas. O amigo mais jovem vai estranhar o “fita métrica”.

Alto, classudo, cabeça levantada passeando pelo meio do campo, matada a bola com carinho, o lançamento longo chegava aos pés do companheiro com precisão de milímetros, desnecessário dar sequer um passinho lateral para matar a danada, ela já vinha amansada como vinho por anos descansando em barris de carvalho.

Os mais novos da mesa olham com desdém, não acreditam, os mais velhos balançam a cabeça positivamente, saudosos do tempo em que alguém que sabia dar um passe de trinta metros com perfeição podia vestir a camisa atleticana, sinal de que os demais clubes nacionais estavam lotados de craques de igual categoria.

Eram outros tempos alguém dirá, hoje a marcação não dá tempo para respirar, um Sérgio Lopes não teria espaço para dar suas estilingadas. Eu penso que não, a matada perfeita, a visão de jogo, o conhecimento da forma de jogar dos companheiros facilitaria tudo. Se o seu Sérgio Lopes fosse o atual 10 do Furacão não seria o “fita métrica” seria o “mira laser”

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