sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AJUSTAR A INVENÇÃO

Antônio Lopes tem três desfalques para o jogo com o Flamengo: Cleber Santana, Kleberson e Madson. Os problemas são sempre chances para novas e boas soluções. É o que espero do treinador que transformou o Atlético para a partida contra o Palmeiras, fazendo apostas, arriscando caçar no banco motivações reprimidas.
Na escalação Renan Rocha; Edilson, Manoel, Rafael Santos e Héracles; Deivid, Marcelo Oliveira, Cleber Santana e Marcinho; Adailton e Guerron, cinco mudanças para o time de Renato Gaúcho.
A pior delas a ressurreição de Rafael Santos. Se você tem um jogador abaixo do nível, passe ele logo para frente, se assim não o fizer, alguém vai chegar, ver nele alguma qualidade e o escalar para dar prejuízo. A saída de Fabrício é totalmente injustificada, um prêmio para o jogador que aos quatro minutos já atravessou uma bola no peito do atacante palmeirense. Coisa de humores, sentimentos inexplicáveis. O delegado deveria rever sua posição.
Quais foram as determinações do treinador para Héracles? Defender exclusivamente, fechar o setor? Se assim foi, o lateral cumpriu sua missão, embora os dois lances de gol esmeraldinos – esmeraldinos é ótimo –, tenham surgido pelo lado esquerdo da nossa defesa. Da fogueira em que foi metido, o menino saiu chamuscado, com uma nota seis, ótima para o nível do incêndio em que se viu metido. Qual é a expectativa de Lopes? Manter Héracles, dar chance para o seu crescimento em meio às chamas? Seria esta uma boa hora? Domingo teremos a resposta.
Marcelo Oliveira como volante já mostrou serviço. Gosto mais dele na lateral, tem velocidade na aproximação para impedir cruzamentos, algo indispensável, parece estar melhor situado naquele espaço. O Atlético vai precisar de alguém que marque Thiago Neves, acompanhe o selecionável na sua movimentação, impeça-o de receber os lançamentos da defesa para o contra-ataque e as assistências do Gaúcho para cabecear de surpresa dentro da área. Sua vantagem é querer jogar. Deve ser bem instruído, cumprir as determinações à risca, evitar a jogada de risco, ser simples e objetivo.
A expulsão de Santana tirou Adailton de campo prematuramente. Lopes o manteria para o segundo tempo caso estivéssemos com onze? Acredito que sim, esperando até os quinze minutos de costume para substituí-lo por Pablo. Adailton já mostrou ser melhor entrando em fim de partida, capaz de lances de definição movidos a individualidade e força. Pablo pode ter nova oportunidade desde o início, infiltrado em meio aos zagueiros, entre correr o risco de levar um soco no estômago do gentil Gustavo e fazer seu primeiro gol no campeonato.
Guerron, desmotivado com o Renato, foi a melhor aposta do delegado. Saiu de campo alimentando as esperanças do povo rubro-negro. A liberdade para se movimentar por todo o ataque foi a razão do seu alto rendimento. Algemado na direita, com a missão de marcar o lateral, era alvo fácil da marcação eficiente e irritante, motivo de tantos amarelos. Que se dê liberdade ao equatoriano. Uma sombra na saída de bola por Maldonado e Willians terá que ser feita. Ele e o outro atacante podem, sem muito desgaste, complicar a entrega da preciosa mercadoria.
Lopes deve ter suas próprias observações, as do auxiliar recentemente contratado e as informações sobre o Flamengo, agora, segundo Luxemburgo, dedicado apenas à vaga para a Libertadores. Quem acredita? Com Renato Abreu, Thiago Neves e Ronaldinho convocados para a seleção, o Flamengo vem como um trator para cima do Furacão, achando tudo muito fácil, afinal já nos venceu por duas vezes com a efêmera, mas determinante, participação especial do dentuço amado pelos gremistas.
Seu delega vai ter que tomar uns comprimidos carregados de zinco, magnésio e outros metais, incendiar os neurônios e achar a melhor solução para o problema. Inventar já inventou, só falta ajustar a invenção

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