quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O AR DA SUA GRAÇA

Conforme previ, o jogo foi ruim, de muito choque, muitas faltas, errei quando disse que o placar seria pequeno. O dois a dois nos afasta ainda mais da primeira divisão, traz para o rubro-negro apenas o consolo de que o time voltou a jogar com raça, o mínimo que se pode esperar em momento tão difícil e que esteve ausente em partidas anteriores quando poderíamos ter dado pequeno e importante salto na tabela.
Em jogo extremamente difícil, onde toda a atenção e cuidados deveriam pautar a atuação da equipe, o Atlético voltou a falhar e pagou caro.
Escrevi que o Atlético precisava voltar a fazer faltas longe da área, ter tempo para se recompor defensivamente e isso aconteceu. Pois bem, aos treze minutos Marcelo Oliveira fez falta no meio campo, o time ficou olhando a banda passar, o Palmeiras cobrou rapidamente, Cleber cruzou da direita com liberdade e Henrique, o zagueiro do Palmeiras estava dentro da área para marcar um a zero. Ao invés de atrasar a cobrança da falta, fomos reclamar da arbitragem, esquecemos de jogar.
A escalação de Marcelo de Lima Henrique para arbitrar partidas do Atlético é um despropósito. Apita marcando os rubro-negros, distribuindo amarelos, irritando a torcida, causando prejuízos momentâneos e futuros. Como não dá para evitar o seu “sorteio”, teriam os jogadores que se submeter ao seu comando com a humildade de um santo, algo que fizemos no Atle-tiba com o seu Héber, outro inimigo, com grande sucesso.  
Entramos no jogo do homem de preto, insistimos nas reclamações e fomos brindados com a expulsão de Cleber Santana já aos trinta seis do primeiro tempo, dois minutos depois do gol de Guerron, quando deveríamos estar reunindo forças para virar o jogo na segundo etapa. O duro é que não dá nem para reclamar, o juiz usou a regra, Cleber com toda a sua experiência facilitou o serviço. Alguma nota negativa sobre a arbitragem nos principais sites esportivos? Nenhuma.
Com um a mais, o Palmeiras tomou conta da partida, avançou a defesa para o meio campo e foi conseguindo as faltas e escanteios necessários para passar à frente. Não demorou. Aos oito, escanteio pela direita, Luan cabeceia, Renan defende e no rebote Fernandão marca. Bastava aos verdão deixar o tempo passar, fazer uso da superioridade numérica, aumentar o placar e deixar a torcida fazer a festa ainda com mais tranquilidade.
O pau que bate em Chico, bate em Francisco. Aos vinte e três, o Atlético bateu falta longa com rapidez, Guerron livrou-se de Henrique e sofreu pênalti de Marcos que Marcinho converteu. Felipão teve um filho à beira do gramado. O empate deu ao Furacão um sopro de vida, uma consciência de que se pode fazer mais, mesmo que com dez, com meninos, basta acreditar, ter empenho, jogar para ganhar.
A grande atuação ficou por conta de Guerron, partícipe dos dois gols rubro-negros.
Além do nosso inimigo número um, o seu Marcelo cara de borracheiro, o nervosismo e o consequente erro de passes dificultaram sobremaneira a vida do Atlético. Kleberson não acerta um, os rebotes da defesa jamais caem em pés rubro-negros, a bola só procura nossas chuteiras por erros do adversário. Chega a ser mais irritante que a arbitragem, se é possível.
Não gostei da saída de Adailton. A manutenção de dois atacantes segurava a defesa palmeirense. Sua saída liberou seu avanço. Não gostei da entrada de Madson. Infelizmente sua qualidade técnica não consegue diminuir a desvantagem física. É um engano acreditar que Madson é rápido, pode decidir. Gostaria de ver Rodriguinho ter uma chance.
Agora é contabilizar os prejuízos, verificar quem está fora da próxima, juntar os pedaços e seguir para o Rio. Que o espírito valente do jogo de ontem siga junto, que Lopes entenda os erros cometidos, e que a sorte, pelo menos uma vez, dê o ar da sua graça.

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