É inegável que os
treinadores brasileiros aprenderam a dar entrevista. Para o atleticano que vê
de quatro em quatro meses uma cara nova dirigindo o Furacão, isso não é mais
novidade. O Prof. chega distribuindo conhecimentos, a terminologia própria aumenta
a credibilidade, o futebolês é imprescindível para passar confiança ao
torcedor. Sai com pequena nota de agradecimento, deixando as portas abertas.
O que tornou nossos
treinadores palestrantes de tanto sucesso foi a necessidade de dar entrevista
após cada jogo. Algo que pouco acontecia, as entrevistas tinham como alvo os
jogadores, eles eram as estrelas do espetáculo, foi acontecendo e chegou para
ficar. Desde a apresentação com todas as soluções para o time em desgraça, até
o “se a diretoria assim o desejar eu saio”, os professores dão aula,
argumentam, defendem-se, Toffolis da bola, sem mestrado, doutorado, sem passar
num mísero concurso, mas membros do Supremo Altar do Futebol.
Fácil observar que o
treinador é acessório importante, mas não é fundamental. O que é fundamental é
jogador. Um doce de abóbora para quem me apontar treinador que conseguiu ganhar
algum título importante sem um elenco de grandes estrelas. Se o amigo achar foi
um acaso e, por certo, esse treinador está hoje entre os maiores do país.
Felipão? Luxa?
Seu Enderson sabe
disso e observa a cada dia a necessidade de qualificar. O Atlético que se
especializou em desqualificar agora tem que mudar de rota. Está sem traquejo,
sofre, mas impossível adiar.
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