sábado, 4 de abril de 2015

IMPOSSÍVEL ADIAR

É inegável que os treinadores brasileiros aprenderam a dar entrevista. Para o atleticano que vê de quatro em quatro meses uma cara nova dirigindo o Furacão, isso não é mais novidade. O Prof. chega distribuindo conhecimentos, a terminologia própria aumenta a credibilidade, o futebolês é imprescindível para passar confiança ao torcedor. Sai com pequena nota de agradecimento, deixando as portas abertas.

O que tornou nossos treinadores palestrantes de tanto sucesso foi a necessidade de dar entrevista após cada jogo. Algo que pouco acontecia, as entrevistas tinham como alvo os jogadores, eles eram as estrelas do espetáculo, foi acontecendo e chegou para ficar. Desde a apresentação com todas as soluções para o time em desgraça, até o “se a diretoria assim o desejar eu saio”, os professores dão aula, argumentam, defendem-se, Toffolis da bola, sem mestrado, doutorado, sem passar num mísero concurso, mas membros do Supremo Altar do Futebol.

Fácil observar que o treinador é acessório importante, mas não é fundamental. O que é fundamental é jogador. Um doce de abóbora para quem me apontar treinador que conseguiu ganhar algum título importante sem um elenco de grandes estrelas. Se o amigo achar foi um acaso e, por certo, esse treinador está hoje entre os maiores do país. Felipão? Luxa?

Seu Enderson sabe disso e observa a cada dia a necessidade de qualificar. O Atlético que se especializou em desqualificar agora tem que mudar de rota. Está sem traquejo, sofre, mas impossível adiar.

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