sábado, 16 de julho de 2011

ATLÉTICO 3 X Vasco 1

Irmão rubro-negro fique tranquilo.
Hoje é um dia muito especial. Dia da nossa primeira vitória contra o Vasco no Rio de Janeiro, também a primeira neste Brasileiro.
– Tá loco! –, vai perguntar o rabugento, cansado de perder, realista ao extremo.
Pouco adiantará dizer para ele que o Vasco está desfalcado nas duas laterais, que tem em Juninho Pernambucano e Felipe dois jogadores com direito a vaga de idoso no meio campo.
– Nunca ganhamos lá –, dirá ele. – Mesmo em 2004, quando tínhamos um timaço, perdemos de um a zero e entregamos o Brasileiro ao Santos do Milton Neves.
Vamos dar um calmante ao rabugento, afastá-lo do jogo, colocá-lo para assistir Carros 2, divertir-se com as peripécias do Relâmpago McQueen, dar um descanso ao coração.
Ao sair do cinema, não descansará enquanto não chegar ao carro, ligar o rádio e saber o resultado, só para confirmar seu pessimismo.
Como o locutor de antigamente, a voz vibrante anunciará:
“O tempo não para! 42 do segundo tempo! ATLÉTICO... UM... DOIS... TRÊS! Vasco... UM!”
– O que aconteceu? Estamos ganhando? Como? –, perguntará em sequência e se surpreenderá com um sentimento assustador, estava certo da derrota, esperava-a como comprovação das suas certezas.
Acho que todos estamos meio rabugentos. Ouvimos o nome do adversário e de imediato admitimos a derrota. Perdemos o otimismo, estamos em crise, cachorros loucos sem agosto ainda ter começado.
O rubro-negro está na TPM, as defesas prontas, no mínimo contraditórios como diria a gentil moçoila.
A vitória que imaginei para hoje, com gols de Garcia, Marcinho e Madson nos tirará deste clima perverso.
Vamos rubro-negro rabugento. Relaxe. A saúde está boa, a família amorosa está à sua volta, o emprego está garantido. Uma vitória hoje vai lhe restituir o ânimo.
Vá ao cinema. Tome um capuccino na saída. Compre um presente para a namorada. O teu presente estará nas ondas do rádio:
“Fecham-se as cortinas e encerra-se o espetáculo: ATLÉTICO 3 X Vasco 1”

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