quinta-feira, 7 de julho de 2011

GUERREIRO RUBRO-NEGRO

Renato tem razão. É preciso passar uma borracha no passado. O campeonato Brasileiro para o Atlético começa sábado próximo contra o Avaí.
O conhecimento de Renato sobre o Rubro-Negro deve se restringir àquele obtido quando do jogo em que ainda comandava o Grêmio e veio a Curitiba para nos vencer pela contagem mínima.
Naquela partida, o então técnico tricolor conheceu dois Atléticos bem diferentes. O do primeiro tempo, abalado por gol contra, quando ainda procurava se acertar em campo, fraco, nervoso, decepcionante. Jogou e foi para o intervalo abaixo de vaias. O da etapa complementar, modificado por Adilson, vibrante, ofensivo, com finalizações que obrigaram Vitor a grandes defesas, o goleiro da seleção transformado no garantidor da vitória gaúcha.
De lá para cá, o treinador viu o Grêmio perder rendimento e pediu para sair. Por certo, foi surpreendido pelo convite do Atlético. Por certo, jamais pensou em treinar o Furacão, estava alheio a tudo que dizia respeito ao time do cavalinho que dorme na última posição da tabela.
Acordado do seu sono carioca, Renato assistiu ao jogo contra o Internacional e participou com suas orientações. Comandou à distância um Atlético diferente, o que podia ser, tentando segurar o resultado, um zero a zero para dar ânimo ao novo início de trabalho. Como vimos, infelizmente, o esforço foi em vão. Perdemos a partida, mas demos um passo importante para a luz. Leandro Niehues merece crédito.
As entradas de Renan Rocha e Fabrício melhoram a defesa do Atlético, dão ao resto do time maior confiança, a certeza da segurança mínima, indispensável para se ir ao ataque sem olhar para trás. Tivessem sido feitas antes – por que não foram? – teríamos obtido maior sucesso.
A apresentação viva e corajosa do menino Edigar cria a expectativa de mais uma boa promessa vinda do cajueiro. Fossem os lançamentos para ele feitos no que antigamente se chamava de ponto futuro e não sobre seu corpo, marcado com contato imediato de primeiro grau, poderia ter realizado mais. Niehues jogou as pedras para Renato pavimentar o caminho.
Melhor na defesa, resta ao ataque funcionar. As chegadas de Garcia e Marcinho vão contribuir para a solução dos problemas. Garcia é uma incógnita com currículo, Marcinho uma certeza, vai diminuir o trabalho de Paulo Baier. Vamos confiar.
O empate com o Avaí afastou Renato do Olímpico. É de novo seu adversário. Deve conhecê-lo bem. Sabe que o Atlético de hoje não tem a força de recuperação do Grêmio, lutador vigoroso na luta pelo empate nos minutos finais, após perder por dois a zero. O seu discurso deve passar confiança, recuperar o brilho nos olhos dos jogadores, abrir a caixa de gols insistente em permanecer fechada. Renato pode fazer tudo isso e, ainda assim, será pouco.
Sábado é dia de começo de Brasileiro. Fanáticos, Ultras, você torcedor, todos nós rubro-negros temos que encarar este jogo inicial como final de campeonato. Não é jogo de seis pontos, é final de campeonato. É dia de faixas descendo pelas arquibancadas, incensos espargidos pelos corredores, preces sussurradas a todos os santos. Tudo pode ser adiado. O casamento, a formatura, o aniversário, tudo deve ser deixado para depois. Sábado será decidida a sorte da batalha. Você tem que estar lá. Ninguém fará nada sem você, valoroso guerreiro rubro-negro.

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