domingo, 24 de julho de 2011

TE CUIDA CORINTHIANS

Te cuida Corinthians! Estamos chegando!
Brincadeiras à parte, o jogo com o Bota foi mais um teste para cardíaco. Para se entender a partida, esqueça o Botafogo que eu apresentei a você dias atrás, com dois atacantes pelos flancos e um centralizado. Caio Júnior optou por adicionar outro volante à equipe, restringindo o número de homens de frente. Perdeu substância ofensiva, jogo lateral, facilitou para o Atlético.
Do dito acima, pode parecer que o Rubro-Negro foi todo pressão. Nada disso. O Botafogo começou melhor, avançou sua defesa, jogou no campo de ataque, trocando bolas, sem perigo real, mas obrigando o Atlético ao rifar da bola, à pressa e ao erro.
Só lá pelos vinte minutos o Furacão começou a ventar. O Botafogo recuou e começamos a ter maior presença ofensiva. Aos vinte e três, Morro entrou pela esquerda e serviu boa bola para Marcinho finalizar dividido com o zagueiro. Se o recuo botafoguense desafogou o Atlético, dificultou muito a saída de bola e os chutes longos de Fabrício colocaram à mostra os nervos à flor da pele. O melhor momento ficou claro no maior número de finalizações. Madson, Cleber Santana, Fabrício e Edilson, este de falta, incomodaram o goleiro Jefferson.
O gol de Garcia coroou o esforço. Kleberson achou um espaço pela direita e lançou o uruguaio no meio dos zagueiros. El Morro matou e, num giro rápido, antecipando-se aos defensores, marcou seu primeiro gol pelo Atlético. A jogada do gol tem que ser elogiada. O posicionamento de Kleberson pela direita, ocupando espaço livre, seu passe perfeito e a rapidez da execução dos movimentos de Garcia quebraram a solidez da defesa. Jogar bem é possível.
Perdendo, o time de General Severiano foi ao ataque e quase levou o segundo em contragolpe. Paulinho evitou a bola sair pela lateral, passou a Madson e recebeu na esquerda com liberdade. A gorduchinha cruzou toda a área sem alguém para colocá-la para dentro. Paulinho fez um lindo lançamento da defesa para Garcia, que partiu para o gol, e finalizou na trave. Pela primeira vez, terminamos um primeiro tempo com vitória e esperança.
Na volta dos vestiários, Caio Júnior tirou Leo, o terceiro volante, e colocou Somália, jogador mais ofensivo, muitas vezes utilizado também na lateral-esquerda. O Atlético recuou e tomou pressão. Aos dez, Renan Rocha fez bela defesa em cabeçada de Alexandre Oliveira. Defendeu e expulsou a bola para a linha de fundo, evitando o rebote. Eficiente além da conta.
O Atlético perdeu a posse de bola, foi envolvido pelo Botafogo. Elkeson foi jogar na ponta direita e fez a festa. Os cruzamentos se repetiram. Alexandre Oliveira cabeceou na trave aos dezenove, aos vinte e um finalizou com perigo, aos vinte e seis a bola cruzou toda a área pedindo para entrar.
O cansaço de Kleberson estava influindo no jogo. Sai o campeão do mundo entra Fransergio. Deu sorte. Aos vinte e nove, Marcinho ocupou de novo a brecha salvadora pela direita e assistiu Garcia. Jefferson se atrasou e novo gol do castelhano. É hoje! Disse o rubro-negro otimista.
O Botafogo não desistiu. Aos trinta e quatro, Renan Rocha fez bela defesa em chute de fora de Alessandro e, na sequencia, saiu com coragem em bola aérea. Tudo parecia bem. Entraram Branquinho no lugar de Marcinho e Edigar no lugar de Garcia. O que deu certo, porém, foi a substituição no Botafogo.
Alexander substituiu Alexandre Oliveira, que, em jogada individual, marcou o gol, felizmente solitário do Botafogo. Voltou o sufoco. A placa subiu com quatro minutos de acréscimo. Meu Deus! Baixei gorro sobre os olhos e fiquei escutando. Dei uma espiada na expulsão de Marcelo Mattos e vibrei com o fim da partida. Até que enfim.
Foi um ótimo jogo. O Atlético, finalmente, foi eficaz no ataque e venceu. Se Renato queria um matador, descobriu que já tem. Gostei de Cleber Santana. Sério, bom no ataque, na defesa, na bola aérea defensiva. Todos contribuíram. A estreia de Edilson foi sem deslizes. Marcinho é o jogador frio que o Atlético precisava. Sabe jogar, gosta de fazer assistência e sabe fazer. Não foi ainda um Furacão, o nervosismo ainda dificulta os passes e acelera os lances.
Para quem precisava ganhar uma, sair da zica, foi vitória maiúscula. Não foi só o Botafogo que perdeu. Perderam o medo, o moral baixo, o complexo de vira latas, como diria Nelson Rodrigues. É o que eu digo. Estamos chegando! Te cuida Corinthians!

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