sábado, 30 de julho de 2011

RUBRO-NEGRO DE ESPARTA

Passados dois dias da derrota impossível, destruidora da moral do rubro-negro mais ferrenho, estou aqui de volta, analisando o Santos, nosso companheiro na zona do rebaixamento, claro, que com três jogos a menos.
O Peixe vem de uma sapecada histórica, quando ganhando de três a zero do Fla aos vinte e cinco do primeiro tempo, permitiu o empate ainda na fase inicial e acabou derrotado por cinco a quatro. No duelo entre Ronaldinho Gaúcho e Neymar, o dentuço levou a melhor.
Como joga o time de Pelé?
Jogue fora as estatísticas. A diferença de partidas jogadas impede qualquer comparação.
O Santos das mil qualidades joga num 442 clássico, com Pará, Edu Dracena, Durval e Leo na primeira linha de defesa, uma segunda linha com Elano, Arouca, Ibson e Ganso e, à frente, Borges e Neymar.
Na proteção da defesa, com características de marcação, somente Arouca. O restante marca à distância, pouco desarma, faz poucas faltas. A retomada da bola acontece pela boa distribuição dos jogadores em campo, normalmente pela interceptação de passes errados. Assim, o Santos permite que o adversário se aproxime da sua área, encolhendo todos os componentes da primeira linha no seu interior.
A vulnerabilidade defensiva acontece pelo setor de Leo, muito avançado em idade e em posicionamento, facilmente ultrapassado na jogada de velocidade. Durval já não é o mesmo na cobertura e os cruzamentos perigosos acontecem pelo setor. Como o goleiro Rafael tem dificuldades no cruzamento rasteiro, o caminho para o gol está definido.
No ataque, a equipe chega trocando passes, buscando entregar a bola para Ganso com liberdade, pivô para quem entra e origem de passes açucarados. Neymar cai pelos dois lados do campo, veloz, esperto, pronto para ser lançado pelo amigo e finalizar. A marcação sobre a cacatua tem que ser dobrada. Borges joga fixo entre os zagueiros, pronto para fazer o pivô, ou girar e finalizar. Ibson e Leo pela esquerda e Elano pela direita compõe a formação de ataque. Pará e Arouca avançam quando os espaços se escancaram. O forte do ataque são os deslocamentos e passes certos.
Resumo, a defesa não pode assistir o jogo, acompanhar encantada os deslocamentos de Neymar. A marcação tem que ser ao alcance de um braço. Dormiu, o passe acontece para Borges desmarcado, para Leo livre pela ponta.
O Atlético tem que ser compacto defensivamente e rápido no ataque. Explorar a direita e acumular jogadores na área para finalizar os cruzamentos.
O azar do Atlético está na ausência de Manoel. Entrando Rafael Santos a viola está, antecipadamente, em cacos. O jogador é muito fraco tecnicamente. Não tem perna direita e se for escalado na posição de Manoel, será um abraço. Sem contar o lado psicológico extremamente negativo. Se Fransergio é a outra possibilidade, que seja ele.
Muricy liberou Neymar para o sorteio da Copa sob a alegação de que a CBF sempre ajuda o Santos. A escalação de Marcelo de Lima Henrique para apitar partida é ajuda soberba. Melhor impossível. O Atlético tem que cuidar com expulsões prematuras, penalidades sobre Neymar, cartões amarelos de enxurrada. Outra final em meio ao campeonato, um onze contra doze.
A presença do Santos na Arena deve levar os atleticanos da boa hora ao campo, só para apreciar. A força ao time será dada pelos doze mil rubro-negros de Esparta, sempre prontos a dar seu sangue pelo Furacão. Outra vez, vai ser difícil. Conto com você rubro-negro de Esparta.

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