quarta-feira, 13 de julho de 2011

PRIMEIRA VITÓRIA

Renato deve estar tentando organizar o Atlético. Se o empenho foi nota alta do Rubro-Negro contra o Avaí, a desarrumação e o excesso de individualismo, exacerbados pela necessidade, ficaram claros a todos os espectadores.
Além desses aspectos coletivos, Renato deve ter reconhecido dificuldades individuais a serem minimizadas no jogo contra o Vasco.
Eu teria três pontos a analisar.
O primeiro deles seria a escalação de Marcelo Oliveira na lateral esquerda. Marcelo veio para ser reserva de Paulinho. Começou jogando de volante, quase como um meia avançado, quem sabe um resquício do conhecimento obtido por Adilson ainda no Corinthians, e agora foi puxado para a lateral. Não foi bem. Na posição, Paulinho é melhor que Marcelo Oliveira.
Considero Paulinho jogador regular, bom na marcação e com presença ofensiva mais pelo lado do campo, diferente de Marcelo que cai muito pelo meio, onde carece de qualidade para a criação. Além disso, Paulinho já fez duas partidas contra o Vasco este ano, conhece bem a velocidade de Eder Luis, um dos fatores do sucesso do time do Ricardo Gomes. A volta de Paulinho, mesmo que fosse apenas para marcar, seria bem-vinda.
O segundo, a permanência de Baier na equipe. O capitão se lesionou e ficará fora do jogo de sábado. Mesmo assim, vou dar minha opinião. Com Deivid, Cleber Santana e Kleberson, o Atlético conseguiu chegar com a bola até a intermediária ofensiva do Avaí. Aí faltou a presença do criativo, o jogador a fazer a circulação da bola no ataque, deixar os companheiros livres, seja pelos lados do campo, seja enfiando bolas entre os zagueiros.
Baier só foi notado na partida quando Madson e Kleberson deixaram de lhe fazer passes que possivelmente teriam o caminho das redes. Fora isso, uma cobrança de falta, um escanteio e nada mais. Acho que Branquinho, ou Marcinho, seria mais efetivo, caindo pelos lados, aproximando-se de Garcia, entrando pelo meio e finalizando de fora.
O terceiro, o posicionamento de Madson. Quando Adailton foi chamado para entrar em campo, pensei em Madson para sair. O baixinho vinha mal, enroscando-se nos zagueiros, marcado com facilidade.
A circunstância de assumir a lateral e ter a obrigatoriedade de vir buscar o jogo muito atrás, lhe deu espaço para jogar, facilitando muito a jogada individual. Pôde receber a bola com alguma liberdade e partir na vertical do gol, criando muitas dificuldades para os marcadores, por vezes obrigados à falta. O seu posicionamento mais recuado, participando da saída da bola pela esquerda, pode lhe dar condições para usar sua velocidade com maior eficiência. Pelo menos na teoria.
Se Renato conseguir um Atlético mais fechado pelos lados do campo e solidário no ataque, já vou ficar satisfeito. O Atlético não perdeu para o Vasco este ano. Conhece o inimigo. Vamos atrás da nossa primeira vitória.

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