O Atlético já viajou para Porto Alegre. Além de perder pontos, está perdendo dinheiro. Para fugir da torcida, da crise instalada, vai passar meia semana no Rio Grande, esperando o Inter e notícias sobre o técnico que não chega. A demonstração de medo da diretoria é preocupante. Sendo assim, seria bom visitar Gramado, amanhecer de frente para aqueles cafés da manhã maravilhosos da bela cidade gaúcha. Já que estamos no Brasileiro a turismo, por que perder a oportunidade?
O Ceará está reclamando do assédio rubro-negro ao técnico Wagner Mancini. Malucelli diz que “não pode policiar todas as atitudes dos dirigentes do Atlético”. Isso é que é comandante. Só falta alguém aparecer com dinheiro na cueca.
No mais deprimente ritmo de fado, ou de enfado, vamos continuar na espera, com o senhor Leandro Niehues no comando. Após o intervalo do jogo com o Fluminense, Branquinho declarou que a fala do treinador tinha reiterado a necessidade de mais faltas. Tínhamos feito poucas faltas, daí o dois a zero. Esse rapaz recebe salário mensalmente no Atlético. Estamos no bico do corvo.
Outra frase de Malucelli: “Estamos negociando com treinadores caros, como vou deixar para a próxima diretoria um profissional com salário alto e multa cara?”. O presidente está próximo de entregar o clube na segunda divisão e está pensando em passar dívidas. Decididamente, esse senhor mora em outro planeta. Pelo menos deixe dívidas para o próximo presidente poder se orgulhar, como ele, de ter colocado as finanças em dia.
Mais uma pérola do presidente: “Vamos primeiro trazer o técnico, fazer uma reunião com ele e aí ele define onde precisa de reforços ou se tem que haver dispensas”. O Adilson Batista passou dois meses no dia a dia do clube e não descobriu que precisamos de zagueiros. Vamos esperar mais uns dois pela avaliação de alguém que não se sabe quando chega, para então trazer uma rolha gigante para tapar o buraco branco que temos na defesa.
O problema do Atlético é a total falta de conhecimento sobre futebol do nosso presidente. Basta alguém dizer a ele que temos goleiro nível seleção, zagueiros de sobra, atacantes de luxo e o ingênuo, vamos ficar no ingênuo, acredita. Colabora para o aumento da crise sua total incapacidade como comandante, sua morosidade na tomada de decisões, sua dependência de auxiliares, a maioria de uma incompetência exemplar. O senhor Ibiapina, caído do céu no rubro-negro, é a maior expressão da ineficaz diretoria rubro-negra.
O presidente acha que reunir com os jogadores, assistir preleção, ir aos treinos resolve o problema, a sua presença é a panaceia para todos os males do Atlético. Já vi de tudo e não acredito em revoluções para resolver problemas, embora assista o processo democrático lançar o Brasil num mar de corrupção e desatinos, hoje mesmo, estamos colocando nas ruas milhares de prisioneiros, solução para nossa ineficácia em gerenciar cadeias, diminuir a criminalidade.
Lembro de 2008, quando à beira do caos, Petraglia passou o comando para o senhor Malucelli, pediu o boné pelo bem do Atlético. Talvez seja hora de, pacificamente, reverter o processo. A história apenas se repetirá. Não será vergonha nenhuma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário