terça-feira, 19 de julho de 2011

TRABALHAR DURO

Renato Gaúcho já baixou o facho. Está reclamando do planejamento, achando difícil mudar a situação existente. Se acha que não dá, que não vai resolver, por favor, peça o boné. Hoje.
Renato quer um matador. Sabe que não vai receber. O Atlético já gastou os tubos com o Garcia. O mais que bichado Nieto foi operado. Itamar não deve conseguir a documentação antes de encerrar o período para contratações do exterior. Quem no Brasil?
Há pouca coerência no discurso de Renato. Elogia Ricardo Gomes por ter deixado Alecsandro em campo, mesmo com a torcida pedindo sua substituição, e tira seu único atacante, encarregado de atacar e marcar quase que na lateral direita, aos doze do segundo tempo. Para o lado de lá, manter o atacante em dificuldades em campo é grande solução. No lado de cá, onde a presença do atacante é mais que necessária, não existe outro, manda para o banco.
Acho que Malucelli deve chamar o Renato e perguntar o que ele acha do futuro da equipe. Se o gaúcho tiver a visão muito pessimista, achar a situação irreversível, agradecer, pagar o salário de um mês e a passagem de volta. Impossível ficar com um comandante que já perdeu. O prejuízo para o moral da equipe é ENORME.
SOLUÇÕES
O amigo que me lê diz contrafeito: “o comentarista ganha sempre”.
Não é o meu caso. Antes do jogo contra o Vasco, indiquei a troca de Marcelo Oliveira por Paulinho, acreditando na sua melhor chegada no ataque e no conhecimento do Vasco, principalmente de Eder Luis, facilitando a marcação. Se Paulinho deu o passe para o gol, os dois do Vasco saíram pelo seu setor. Digamos que uma no prego, outra na ferradura. Mesmo assim, acho que Renato deve insistir com Paulinho. Trabalhar.
O mesmo deve acontecer com Garcia. Não se pode reclamar de atacante que recebe duas bolas divididas por jogo. Com a entrada de Marcinho pela direita e a manutenção de Madson pela esquerda, com muito trabalho na semana e a obtenção de algum entrosamento desse trio, devemos ter mais chances de gol, quem sabe alguma pare nos pés do uruguaio e ele desencante. Trabalhar.
Definitivamente, acho que o Atlético deve abdicar de um volante. Com três, há perda de capacidade ofensiva é significativa, isto que estou considerando Cléber Pereira um armador. Contra o Vasco, tivemos em Robston um observador de Felipe, nada mais. Em que contribuiu. Para a função de vigiar, o retorno de armador, ou mesmo de atacante, pode ser suficiente. Tem que treinar, ajustar, dar missão. Trabalhar.
Renato deve evitar formar duas equipes diferentes, uma defensiva para jogar fora, uma ofensiva para atuar na Baixada. Hoje, o Atlético tem que vencer em qualquer campo. Uma estrutura ofensiva deve ser capaz de ganhar características defensivas no decorrer de jogo. Aí o treinamento necessário focado em atacar, agredir o adversário e recuar para defender. Jogar noventa minutos com intensidade. Contra o Vasco, Madson perdeu três chances reais de gol. Tivesse concluído uma com acerto e o resultado seria outro. Renato tem que voltar a sorrir, cuidar com as declarações, criar um time no papel e fazer funcionar. Enfim, trabalhar duro.


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