sábado, 2 de julho de 2011

JOGAR EM PÉ

O “ágil” ibiapina está no Rio de Janeiro tentando convencer o Renato Gaúcho a assumir o Atlético. Quinze dias em Montevidéu para contratar El Morro, mais alguns aproveitando o calor carioca, o homem tem o emprego que eu queria, a viúva rubro-negra pagando todas as contas e com liberdade para gastar.
Renato é técnico de trajetória irregular. Tem um título da Copa do Brasil com o Flu e já chegou à final da Libertadores. O Guerron deu uma atrapalhadinha. Levava o Fluminense para a segunda divisão quando foi afastado e, não satisfeito, colocou o Vasco para viajar um ano pelo vasto interior nacional. No Bahia, foi chamado para a bela arrancada no Grêmio em 2010. Esse é o resumo do currículo do treinador que o senhor Ibiapina espera apresentar até segunda feira.
Gaúcho saiu do Grêmio reclamando do nível do elenco. Assim, o que virá fazer no Atlético? Se tiver um pingo de bom senso, vai rebarbar o Ibiapina.
Tivessse eu o emprego dos meus sonhos, iria atrás de técnico envolvido com o trabalho, de dois expedientes, com currículo melhor, sem os chamados da família no Rio maravilha, a turma do futevôlei, a cervejinha de final de tarde mandando emails para o cérebro cansado de treinos e concentrações.
Temo ainda pelo efeito Mathaus, uma passagem curta baseada no ver, conhecer e deixar pimpolhos.
Vítimas da indigência da diretoria rubro-negra, nos acostumamos a enfrentar medicamentos de terceira, aquelas pílulas enormes de arrombar garganta, que acabam em grandes esofagites, úlceras medonhas, arritmias de ver o coração saltar na camisa.
O comandante observa o barco afundar calado na casa do leme. Amanhã, vai pedir o apoio da torcida.
ARGENTINA
O cabelo engomado do técnico argentino o recomenda para elenco de novela mexicana, cheia de intrigas, ouvidos atrás da portas, dublagens horrorosas.
Com craques em todos os times da Europa, o galã resolveu escalar três volantes para jogar contra a Bolívia em território argentino. Encantou-se com o professor Adilson.
Resumo da história. Messi foi marcado individualmente, não andou e a Bolívia fez um a zero, gol de um certo Edivaldo Rojas, dizem que cria do CT do Caju.
A marcação individual é detestada no Brasil. Os técnicos preferem a marcação por zona, na realidade, uma zona mesmo. O jogador adora. Em vez de correr para desarmar o craque, passa a dar avisos para os companheiros, do tipo “passou”, “é teu”, livrando-se da responsabilidade. Pois um simples boliviano parou o melhor do mundo.
Com a derrota na porta, os goleadores do campeonato espanhol, Di Maria e Agüero, entraram. Um lindo gol do genro do Maradona – Agüero – decretou o empate. Senhores, a Argentina empatou com a Bolívia na abertura da Copa América.
Mesmo muito marcado, Messi dá mostras da sua capacidade. O que espanta é seu equilíbrio. Sai driblando, tomando pancada e segue em pé, só parado pelo trambolhão de cartão amarelo. É o que falta para muitos dos nossos jogadores. Jogar em pé.

Um comentário:

  1. Caro,
    na boa o Renato é Fanfarrão, nunca vi arrumar time, sempre que está ruim ele só leva o time para o buraco...

    Para mim tinha que contratar o Andrade, o cara foi campeão em 2009, e fez um monte de jogador bom que não tava rendendo arrebentar!!!
    Precisamos do Andrade!

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