quinta-feira, 28 de julho de 2011

ROSÁRIO NA MÃO

O time que empatou com o Flamengo em Macaé na última rodada será páreo duro para o Rubro-Negro na noite de hoje. Só para assustar, nas duas últimas partidas em casa aplicou duas goleadas, 3 a 0 contra o Atlético Mineiro, quando saiu da zona do rebaixamento e colocou o Galo em dificuldades, e 4 a 0 contra o América Mineiro. Esperemos que seja rixa antiga com o pessoal do pão de queijo e tenha parado por aí.
O bom entrosamento e a capacidade de jogar noventa minutos em busca do resultado são os trunfos do Vozão. A maioria dos jogadores é remanescente de 2010. Saídas importantes foram Geraldo e Magno Alves, um armador rápido e de jogo vertical, e o matador Magno Alves. Iarlei contratado ainda este ano, já deixou o Ceará em busca de novos ares.
Mancini coloca em campo equipe com uma primeira linha de quatro, Boiadeiro, Fabrício, Diego Sacoman e Vicente, três volantes, Heleno, João Marcos e Michel, um armador, Felipe Azevedo, e dois atacantes, Osvaldo e Washington.
A defesa tem no capitão Fabrício a força na marcação e em Diego Sacoman sua principal vulnerabilidade. Os laterais vão muito ao ataque, solicitando a cobertura da linha de três volantes. A volúpia ofensiva de Boiadeiro e Vicente, duas e cinco assistências no campeonato, respectivamente, deixa espaços nos lados do campo a serem aproveitados pelo Atlético.
A meu ver, o Furacão tem que dedicar seu esforço ofensivo sobre a posição de Vicente, onde a cobertura de Diego Sacoman é menos eficaz.
Os volantes marcam bem e chegam ao ataque quando necessário. João Marcos é o volante mais recuado e, por vezes, transforma-se em terceiro zagueiro. A altura de Heleno pode dificultar a ação de Madson caso o atacante se entregue à marcação. Se sua atuação principal se verificar pela esquerda do ataque, terá que receber a bola com liberdade e partir com espaço para o drible. Marcado com proximidade será anulado. Algo como aconteceu contra o Avaí, quando o baixinho só rendeu ao ir para a lateral esquerda e vir de trás conduzindo a bola.
Felipe Menezes é atacante cumprindo função de armador, tendo em vista a lesão de Thiago Humberto. Entrou contra o Flamengo em final de jogo, mostrou rapidez na transição do jogo, a matada e o passe imediato, e chegada forte na área. Foi dele o gol de empate contra o Urubu.
Osvaldo é o atacante de flutuação. Cai pelos dois lados do campo, é rápido e finaliza muito. É o principal finalizador do Ceará, com 13 chutes à meta e dois gols marcados. Incansável, Incomoda uma barbaridade.
Washington é o fixo, como se diz no futebol de salão cearense, o garapeiro. Fica lá entre os zagueiros esperando o cruzamento para finalizar. Já tem 5 gols no campeonato e nove finalizações. É velho conhecido das defesas brasileiras. Já rodou muito.
Jogando em casa, Mancini vai empurrar sua defesa para o meio campo e tentar o sufoco, com grande ação dos laterais e as velocidades de Osvaldo e Felipe Menezes. Os volantes entrarão na surpresa.
O antídoto para o veneno do Vozão é a posse de bola e o contra-ataque. Fazer um gol é pouco. O Ceará não desiste, vai para cima e marca. Nas duas últimas  rodadas fora conquistou dois empates em 1 a 1. A torcida empurra e a experiência dos nossos veteranos tem que manter calmos os mais novos. O time vem melhorando, a escalação mantida, o entrosamento ganhando corpo. É outro jogo muito difícil. Jogo para assistir com o rosário na mão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário