As entrevistas pós-jogo mostram uma pretensa superioridade
atleticana, lamentam-se os erros defensivos que redundaram nos gols goianos, a
perda de gols por Walter e Coutinho. É uma redução da realidade que não espelha
o acontecido e pode levar ao cometimento de novos erros.
É verdade que Walter perdeu gol feito logo aos dezessete, Coutinho
outra boa chance aos 23, o gol anulado de Walter erroneamente poderia nos legar
placar favorável. Tudo bem. Inegável também que ao final do primeiro tempo
Weverton fez dois milagres, no segundo no mínimo outros dois e sofreu dois.
Dizer que o Atlético teve mais posse de bola, mesmo que tivesse, é
ilusório. Taticamente os times brasileiros são de uma simplicidade absurda,
correm para marcar primeiro, marcando encolhem-se, vão para o contra-ataque.
Assim, após o gol do Goiás aos 54, natural o domínio improdutivo atleticano,
salvo o gol anulado, Renan foi pouco exigido.
O que se tem que reconhecer são os nossos erros. Hernani esteve
perdido, burocrático, o entrosamento entre Coutinho e Eduardo é péssimo, Jadson
para o ir e vir exigido tem fôlego para um tempo de jogo. O técnico que queria
estabilidade, depois de boa vitória mudou o esquema, fortaleceu a defesa contra
time que achava podia vencer. São erros da cabeça aos pés. O Atlético de hoje
não pode errar, joga em cima do muro, bobeou é menos três.
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