O torcedor rubro-negro não precisa consultar madame Zoraide para
saber o que vai acontecer. Nada está escondido nas estrelas, tudo está à mostra,
claros o começo, o meio e o fim. Contra o Goiás, como previsto, os três
volantes aguentaram até o gol verde, aí entrou Bady, perdemos. Fica uma
certeza, o Atlético não tem condições de virar placar. Madame Zoraide e dois
milhões de rubro-negros sabem.
O jogo esteve para ter outro destino. Aos 17 do primeiro Walter
entrou pelo meio, driblou o zagueiro, ficou livre e chutou sobre Renan. Tivesse
feito e a história poderia ser outra. Dom Messi ensina que só com o goleiro o
totó por cima é o caminho. O ensinamento não progride no Brasil. O que progride
no Brasil?
O jogo ia bem enquanto Deivid marcava Felipe Meneses sem dar espaço.
Ali pelos 40, Felipe descolou da marcação, deu dois passes, Weverton fez
milagres. A folga continuou nos derradeiros 45, o escanteio que deu origem ao
primeiro gol verde aconteceu fruto dessa liberdade, o segundo idem, lançamento
longo do 10 goiano, acabou.
O Goiás ganhou por que tem um10 que consegue colocar atacante na
cara do gol, algo que o Atlético não tem, ou os “extraordinários” do MM estão
em péssima fase. Para alguém que ainda não entendeu a fragilidade do Furacão, o
jogo foi desenho esclarecedor. Se ainda não entendeu, acha que o elenco é
suficiente, aconselho madame Zoraide.
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