segunda-feira, 25 de maio de 2015

FAROFA PARA TODOS

O Atlético fechou a cozinha, assou o Galo velho e comeu com farofa. De lamber os beiços. Como dizia Roberto Carlos ainda quando cantava “meu calhambeque bi bi”, o seu MM enganou até o broto. Damasceno foi baladar e perdeu o lugar, entrou Nikão de surpresa. Nikão o vai para cima, Nikão o tira para dançar, Nikão o passa para gol.

Jogo enrolado, o Atlético Cassius Clay defendendo, o Galo George Foreman atacando, um cabeceio perigoso, um cruzado desviado matador, uma no fígado, outra ali onde dói, abriu uma brecha, Nikão passou pelo marcador, cruzou rasteiro, Walter impediu a ação do zagueiro, Coutinho esganou o galináceo. Três pontos na balança.

Em nenhum momento o panorama tático da partida se alterou. O Atlético defendeu rigorosamente 98 minutos. O genérico cercou, cruzou, finalizou e não chegou às redes de Weverton. A bem da verdade, o moicano só fez uma defesa difícil. Méritos para o sistema defensivo rubro-negro exaurido pela correria atrás do carrossel de galetos. Esquecidos os nomes e sobrenomes, no coletivo contra coletivo, o Furacão venceu.

O jogo era dificílimo, o caminho era o coletivo, deu certo. A vitória do coletivo contra time do nível do Galo mineiro exige aplicação tática, dedicação individual, nervos fortes, preparo físico de peru de Natal. Tudo isso esteve presente na Arena magnífica. O Furacão jogou à morte, o juiz, um guarda de trânsito sueco, atrapalhou, foi na vírgula da regra, não impediu a vitória. Do goleiro ao ponta-esquerda, passando pelo banco, ecoando pelas arquibancadas, meus parabéns, farofa para todos.


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