O Atlético fechou a cozinha, assou o Galo velho e comeu com
farofa. De lamber os beiços. Como dizia Roberto Carlos ainda quando cantava
“meu calhambeque bi bi”, o seu MM enganou até o broto. Damasceno foi baladar e
perdeu o lugar, entrou Nikão de surpresa. Nikão o vai para cima, Nikão o tira
para dançar, Nikão o passa para gol.
Jogo enrolado, o Atlético Cassius Clay defendendo, o Galo George
Foreman atacando, um cabeceio perigoso, um cruzado desviado matador, uma no
fígado, outra ali onde dói, abriu uma brecha, Nikão passou pelo marcador,
cruzou rasteiro, Walter impediu a ação do zagueiro, Coutinho esganou o
galináceo. Três pontos na balança.
Em nenhum momento o panorama tático da partida se alterou. O
Atlético defendeu rigorosamente 98 minutos. O genérico cercou, cruzou, finalizou
e não chegou às redes de Weverton. A bem da verdade, o moicano só fez uma
defesa difícil. Méritos para o sistema defensivo rubro-negro exaurido pela
correria atrás do carrossel de galetos. Esquecidos os nomes e sobrenomes, no
coletivo contra coletivo, o Furacão venceu.
O jogo era dificílimo, o caminho era o coletivo, deu certo. A
vitória do coletivo contra time do nível do Galo mineiro exige aplicação
tática, dedicação individual, nervos fortes, preparo físico de peru de Natal.
Tudo isso esteve presente na Arena magnífica. O Furacão jogou à morte, o juiz,
um guarda de trânsito sueco, atrapalhou, foi na vírgula da regra, não impediu a
vitória. Do goleiro ao ponta-esquerda, passando pelo banco, ecoando pelas
arquibancadas, meus parabéns, farofa para todos.
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