O avião vai chegando em Porto Alegre e você vê o Beira-Rio, um
cebolão ancorado no Guaíba. Sai do aeroporto e vê ao longe a arena OAS que o
taxista colorado chama de penico tricolor. No shopping a loja de esportes
divide a vitrine entre vermelho e azul, nem uma camisa do Corinthians, do
Flamengo. O fim da linha isolou o Rio Grande, aqui ou tu é colorado ou tricolor,
bambis se existem, só de bota e espora.
Ao saber que torço para o Atlético, o colorado com barba de aiatolá
dirige a miles por hora e fala mal do Furacão, diz que o clube é fechado, não
tem para a imprensa, pensa que é europeu. Fico quieto, aqui no extremo sul eles
ainda não sabem que Curitiba faz parte da União Europeia, o Furacão tinha mesmo
é que estar disputando a Champions League.
Pergunto se é sócio e ele afirma que sim, paga 40 pilas por mês e
pode tudo, a modalidade não existe mais, hoje o associado paga mensalidade de
45, mais meio ingresso por partida. Penso que na minha Europa isso é impossível.
É outro nível.
O Atlético criou o Sócio Furacão Família, o sócio Furacão pode
comprar ingressos a preços mais baratos. Flexibiliza para faturar, o torcedor
existe, só falta descobrir o tamanho do seu bolso. Vai chegar lá. É só uma
questão de tempo. Infelizmente, a Europa não é aqui, até o frio que era bom
foi-se embora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário