O seu Muriçoca disse que não poupará jogadores, vem para Curitiba com força máxima. Ele que venha. Em final de campeonato a gente quer o adversário forte, para depois não ficar arrumando desculpas, lamentando faltas, priorizando a Sul-Americana.
O tricolor joga com um 3-5-2 vacilante, defende 3-5-2, ataca 4-4-2. Os nomes que compõe esse camaleão tático são: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Antôno Carlos; Douglas, Denilson, Ganso, Maicon e Reinaldo; Aloísio e Ademilson.
O momento da transformação tática acontece na saída de bola bambinesca. O lateral direito Douglas avança e o zagueiro Paulo Miranda cobre seu espaço. Assim, o time fica com quatro jogadores na armação, os volantes Maicon e Edenilson responsáveis pela saída de bola, Douglas pela direita, podendo jogar como ponta ou como meia pelo setor, e Paulo Henrique Ganso Tem Que Marcar.
No ataque, Ademilson joga na velocidade sobre o lateral direito adversário e Aloísio faz o pivô pelo centro, força pelas duas laterais da área, movimenta-se muito, incomoda muito, tem fome de gol, tem que cuidar.
Ganso marcado joga um toque, pouco produz, é enfeite caríssimo. Deixou jogar enfia bolas precisas, decide a partida. Então, tem que marcar. O bloqueio de Maicon é outra necessidade. A bola sai pelo jogador, ele sabe encontrar seus companheiros de ataque com bom passe. É elo da corrente a ser quebrado. O lateral esquerdo Reinaldo só vai na boa, é menos frequente no ataque que seu companheiro Douglas.
O São Paulo cria muitas situações de ataque quando o adversário permite que seus volantes e laterais ultrapassem da linha de meio de campo. Não dá para jogar atrás, esperar na defesa. O Atlético terá que manter postura ofensiva durante todo o jogo, obrigar Muricy a manter um sistema defensivo mais precavido, com maior número de jogadores.
Douglas é o homem dos escanteios e faltas diretas e indiretas. A bola aérea vai para Rodrigo Caio e Antônio Carlos. Nos escanteios um em cada trave. Nas bolas paradas, um para raspadinha na frente, outro entrando por trás da defesa. O lance é treinado, funciona.
A defesa diminui os espaços muito rapidamente, se tiver que pensar para jogar, dominar a bola com dificuldade, vai perder e dar chance para o contra-ataque, sempre por Ademilson. O time é bem trabalhado, aplicado, bem Muricy.
O caminho para a vitória atleticana é a marcação na frente, o bom passe, a velocidade. Antônio Carlos é o defensor mais lento. Nas bolas paradas, os defensores, ótimos no ataque, deixam cabecear na defesa. As brechas são poucas, vamos com tudo, atrasar a festa do Cruzeiro, levar a taça do paulista.
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