quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DIA DE URUBU CHORAR

A escalação do Flamengo não é difícil adivinhar. Felipe; Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos; Luiz Antônio, Amaral e Elias; Carlos Eduardo; Hernane e Paulinho. É o time que jogou contra o Furacão em Curitiba. No jogo contra o Corinthians no domingo, vovô Jayme colocou para descansar Léo Moura e André Santos, substituídos por Digão e João Paulo, e entrou com Gabriel no lugar de Luiz Antônio ausente por amarelos. A forma de jogar continuou a mesma, nada mudará no jogo de hoje.

O Urubu que viu na marcação do gol seu principal objetivo fora de casa, agora deverá ter como prioridade evitar o gol atleticano. Isso não significa jogar na defesa, o Maracanã não entenderá um Flamengo defensivo, por mais que os adoradores da torcida do Fla a elogiem pela sua participação proativa em quaisquer condições. Jogar na defesa contra o Atlético está fora de cogitação.

Então é repetir o jogo contra o Timão, atacar com reposicionamento defensivo rápido, oito atrás da linha da bola, Carlos Eduardo e Hernane na frente para o início do contra-ataque.

Por que o Corinthians não conseguiu marcar, empatar o jogo definido por gol de fora de Paulinho ainda no primeiro tempo? O Timão foi lento na troca de passes, quando tentou acelerar errou, seus homens de frente foram desarmados inúmeras vezes, deram o contra-ataque ao Fla. Essa é virtude do time carioca, é rápido no roubo da bola, bobeou ficou sem a carteira. A Interpol já avisou.

A rapidez na recomposição defensiva, a força do desarme flamenguista, indicam o rumo da atuação atleticana. Sair para o ataque em velocidade. Daí, começo a ver Weverton dando chutões para frente. Calma! Em três bons passes pode-se chegar ao ataque com a mesma velocidade. Ficamos então na dependência de jogadores eficientes na execução desses três bons passes.

Outro caminho é copiar a força de desarme da ave agourenta e voar para o gol de Felipe, sem demoras, sem erros, movimentar-se, puxar a marcação, abrir a brecha e passar enquanto se tem meio metro para agir com correção. Voltamos à necessidade de jogadores com características específicas.

Então imagino como Mancini vá escalar o Furacão: Weverton; Juninho, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Deivid e João Paulo; Baier e Zezinho; Marcelo e Éderson. Esqueci o Felipe da ótima atuação de domingo? Esqueci, penso que Zezinho pode ajudar no desarme, conhece melhor a função de Everton, avançado pode enfiar boas bolas.

Com Baier na frente dos zagueiros, fazendo pivô para a infiltração de quem vem de trás, ou para o chute de fora, daí a escalação de João Paulo, Marcelo alternando com Éderson pelos lados do campo, as paradas vão acontecer, o gol é certo. Baier tem que observar a posição de Felipe nas faltas e escanteios. O goleiro costuma adiantar-se, o velhinho saberá se aproveitar da situação.

O que eu gostaria que fosse dito na preleção? Que o jogo é de noventa minutos, seja qual for o resultado é lutar obstinadamente até o apito final. Em futebol um minuto é uma eternidade, pode-se fazer muito, ou perder muito. Então é atenção, garra, foco no coletivo, apareceu a chance, bola na rede.

Vai dar, a taça é linda, tem passagem assegurada no voo de volta. A meteorologia já avisou, hoje é dia de Furacão na capital fluminense, é dia de surf, dia de urubu chorar.

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