terça-feira, 5 de novembro de 2013

MAMÃO COM AÇÚCAR

Sem vencer há quatro jogos, o tricolor gaúcho enfrentará o Furacão neste meio de semana agarrado na história, no apoio da torcida, onde tentará motivar-se para a vitória necessária. Quem diria que a gauchada estaria com as bombachas tremelicando para enfrentar o meu Rubro-Negro.

Após o empate sem gols contra o Bahia, o torcedor azul se deu conta que o time tem dificuldades ofensivas, a defesa sofre gols, tomou quatro dos coxas com sangue nos olhos, tudo o que não pode acontecer na partida decisiva.

Renato Gaúcho está com a corda no pescoço. Aposta num time sem Zé Roberto e Elano, a torcida pede os jogadores em campo, a imprensa não entende as ausências. Que fazer? Colocar os veteranos, ficar de joelhos para a torcida, perder o comando em momento de decisão?  Creio que não.

Seu Portaluppi vai escalar Dida; Pará, Werley, Rhodolfo e Alex Telles; Ramiro, Souza e Riveros; Vargas e Kléber; Barcos. Como vai jogar? No ataque, subindo os laterais, os volantes, dando a Kléber e Vargas a liberdade para organizar em toda a frente, mantendo Barcos avançado, pronto a fazer o pivô e finalizar.

Bloqueado no centro, o time liga a atiradeira pelos lados do campo e dá-lhe bola aérea. Alex Telles pela esquerda, com suporte de Vargas e Kléber, Pará pela direita, apoiado por Kléber e Ramiro, são as origens dos cruzamentos. Dentro da área estão Barcos, Riveros, Souza e Kléber para finalizar. O amigo pode ter se espantado com Kléber ora aqui, ora ali, mas é assim que funciona. O interessante é o avanço central de Souza para o cabeceio no interior da área, a aparição do vagalume Riveros, num momento sumidaço, noutro na cara do gol.

Alguém para marcar? Souza na saída de bola, a redondoca tem que passar por ele, Vargas e Kléber merecem marcação especial. Com espaço, Vargas lança bolas por sobre a defesa, complicada a saída volta para buscar. Kléber, o amigo conhece, procura a falta, toma no tornozelo e cai chamando a UTI. Dez segundos depois voa pelo campo. Vai conseguindo amarelos, irritando, desequilibrando o adversário. Acho que já estamos preparados para enfrentar o cria casos.

Os escanteios vão prioritariamente para a linha da pequena área. Alex Telles pela direita pode bater curto para retorno, avançar e cruzar na diagonal. Elano pela esquerda pode lançar no primeiro pau, buscar a bola fechada sobre o goleiro. Os laterais ofensivos são lançados para Barcos no interior da área.

As bolas paradas servem ao jogo aéreo. Frontais podem ser batidas por Vargas, contra o Bahia inventou uma rasteira que quase deu certo, Elano é mais convencional.

Complicado o jogo, Renato troca Ramiro por Elano, Riveros por Zé Roberto. O jogo fica mais limpo, sem tanto trambolhão. Zé Roberto tem que ganhar um parceiro ainda no aquecimento. Renato chamou, seu Vavá tem que colocar alguém para acompanhá-lo no momento da substituição.

Com tanto ataque a defesa fica vulnerável. O amigo pode armar o seu Furacão para a passagem de fase. Eu já armei o meu. Prezado irmão rubro-negro, já consultei minha bola de cristal, fique tranquilo, vai ser mamão com açúcar.

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