sexta-feira, 22 de novembro de 2013

VOU ESPERAR NO AEROPORTO

Alguém pensou que a final contra o Fla seria fácil? Pois eu achei que fácil não seria, mas, confesso, tinha cá comigo que venceríamos a primeira partida na Vila Caldeirão. Quando se faz qualquer análise tem-se que estabelecer como parâmetro inicial que o adversário joga. No caso do jogo de quarta-feira, o Flamengo jogou.

Se desde o início da partida procurava manter a tranquillidade, controlando a posse de bola, o gol de Amaral acalmou os nervos dos ainda tensos, a missão fazer o gol fora de casa foi cumprida, os restantes minutos serviriam para manter ou aumentar o placar. Calmo, o Flamengo sofreu na defesa, Felipe fez ótimas defesas, e saiu de Curitiba se proclamando campeão antecipado.

O segundo tempo da final é outro jogo, tudo pode acontecer. Eu tenho minhas convicções que vou passar ao amigo.

Primeira. Botelho não dá. Botelho é mau marcador, se o Fla tivesse investido mais sobre o seu setor, Léo Moura avançado um pouco mais, a viola já estaria em cacos. Neste aspecto tivemos sorte. Penso que Mancini tem que improvisar na esquerda, colocar ali bom marcador, alguém que faça o simples, deixe Botelho no banco, caso a coisa engrossar, precisando atacante, deixa entrar.

Segunda. A saída de Everton pode mudar muito o ataque do Atlético e se revelar positiva. Temos que jogar menos vertical, mais lateral. A investida vertical em velocidade sobre a defesa do Flamengo só aproxima o atacante do defensor com mais rapidez, facilita a retomada da bola. Maranhão entrou e foi na mesma balada, perdeu a bola, deu contra-ataque. O avanço de Zezinho, por favor, deixem o Zezinho jogar no ataque, pode permitir a troca de passes na frente da área, obrigar o movimento dos zagueiros, permitir a bola tocada para o atacante.

Terceira. Marcelo tem que jogar sobre os zagueiros. Marcelo pela ponta ultrapassa e cruza mal. Pelo meio incomoda todo mundo, sofre faltas, chuta de fora, tem rendimento muito superior.

Quarta. O cruzamento longo nas costas do zagueiro dá resultado, tem que ser mais explorado.

Quinta. Baier tem que acertar as paradas frontais à área. Está atrasando bolas para Felipe. Ou acerta a cabeça de atacante, ou vai para a área cabecear.

Sexta. Éderson tem que acordar, sua chegada rápida na bola cruzada, antecipando o marcador, sempre foi seu forte. Está chegando atrasado, eu sei, os zagueiros jogam, mas ele tem que estar mais atento. É final.

Sétima. O ataque tem que se movimentar, alternar posições, criar problemas para o marcador. Dellatorre parado na ponta esquerda, Marcelo na direita, são agrados para os defensores.

Oitava. Posse de bola. Controlar o jogo irrita a torcida, cria a expectativa de derrota. O jogo longo já provou não dar certo contra o Fla, vamos trocar passes.

Cansei você amigo? Você discorda? Tudo bem, é só livre pensar, pensar pode. Se Mancini fizer tudo ao contrário e a vitória vier, vou esperar no aeroporto.

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