quarta-feira, 20 de novembro de 2013

LEVANTAR, LUTAR E VENCER

Os jogadores preparam-se para entrar em campo, os pensamentos focados nas ordens passadas pelo seu Vavá, e o vento traz pelo túnel em efervescência o canto da torcida ardente: “Vamos lutar... Por mais esta taça... Vamos, rubro-negro, com garra e com raça!” São milhares de vozes, milhares de caveiras entoando o cântico que empurrará o Furacão à vitória por noventa minutos.

Inegável a força da torcida nas grandes decisões. Reconhecida no Brasil afora a força da torcida atleticana. Hoje serão dezesseis mil fanáticos a lotar a Vila Caldeirão, motivar os guerreiros rubro-negros à vitória. Não vai ser por falta de grito, por falta de caveira assombrando o espetáculo que iremos para o Rio sem vantagem.

Tenho minha opinião sólida de que títulos são ganhos em casa. Saindo de Curitiba na frente, os urubus podem povoar o Maracanã, dar rasantes sobre a grama histórica, de nada adiantará, o renovado Maraca servirá apenas de palco para nossa grande conquista.

Talvez por isso, o vovô Jayme tenha pensado em armar um 352, com Samir na zaga em lugar de Luiz Antônio, fortalecendo a defesa, garantindo maior liberdade para o avanço de Léo Moura e André Santos, seus principais jogadores ao lado de Elias. Treinando em Porto Alegre, no Olímpico, pode ter sido bafejado pelas ideias do seu Renato, um dos que ficaram pelo caminho.

Em Copa do Brasil, o gol fora é o objetivo de todo visitante. O Fla passou o Cruzeiro se valendo do peso do gol marcado em Minas, carimbou sua passagem para a final ganhando do Goiás no Serra Dourada. Vem a Curitiba para marcar um gol. Daí a possibilidade do 352. Pode começar com a formação das últimas partidas, mudar para segurar resultado, ou marcar o gol imprescindível. O jogo dirá.

O Atlético tem que estar atento a tudo. Jogar futebol, sem jogar fica impossível, bloquear a experiência flamenguista, ter seriedade absoluta na defesa, fazer um jogo ofensivo de grande movimentação, aproximar Baier da área, facilitando as assistências, as faltas de alto risco para Paulo Victor. Deixa o Amaral bater ali pertinho da cozinha.

Cuidado especial com a disciplina. O Fla irritou Hugo do Goiás, o armador perdeu a cabeça, o time das esmeraldas perdeu o foco, perdeu o jogo. A indisciplina já afastou Léo dos dois jogos da final. Que pare por aí.

Amigo velho todo dia me lembra da arbitragem. Quando se fala em arbitragem deve-se lembrar de árbitro e assistentes. A França, que foi à Copa da África ajudada pela mão indecente de Henry, virá ao Brasil graças ao assistente que não assinalou impedimento escandaloso. A tropa é de amargar rosa dos ventos afora, tem uma quedinha pelos chamados grandes. Pelo menos o árbitro não um desses inimigos declarados, boa sorte a ele.

Boa sorte a todos nós atleticanos de fé. Hoje, com grito e um batalhão de caveiras assombraremos a Vila Caldeirão, com garra e com raça colocaremos a mão na taça. Sou daqueles que odeiam assistir jogo em pé, mas hoje é dia de levantar, lutar e vencer.

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